“A Operação Claymore (11 de agosto a 11 de outubro de 2024) reuniu agentes de nove países para combater o roubo, o contrabando e o tráfico de explosivos e materiais relacionados”, disse a organização internacional de cooperação policial.

Durante a operação, também foram apreendidos 93.000 metros de cordão detonante e fusível de segurança, 205 granadas, 73.000 detonadores e milhares de quilos de precursores químicos.

De acordo com a Interpol, “o comércio desses materiais está intimamente ligado ao crime organizado e aos grupos armados, pois os dispositivos explosivos improvisados são usados numa variedade de atividades criminosas, desde ataques terroristas e violência territorial até roubos e ataques às forças de segurança”.

A operação envolveu forças de segurança da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.

No Brasil, as autoridades encontraram 900 kg de emulsão explosiva e 240 detonadores num caminhão, e na Argentina foi preso um suposto fabricante de um dispositivo explosivo que detonou numa residência nos Estados Unidos, ferindo duas pessoas.

No Equador, que está a enfrentar um aumento da violência por parte de grupos armados, a polícia confiscou oito blocos de explosivos C4 para demolição, 30.000 cartuchos de munição de diferentes calibres, 620 carregadores, 15 granadas de mão e 750 cilindros de heroína.

A polícia colombiana invadiu uma fábrica de explosivos improvisados, onde apreendeu 3.000 dispositivos explosivos feitos de cantis de metal e 800 dispositivos improvisados do tipo granada, entre outros, enquanto no Peru foram apreendidas 16 toneladas de material explosivo e 22 pessoas foram presas.

O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, disse em comunicado: “Estamos a observar um aumento preocupante de grupos terroristas, crime organizado e gangues que usam explosivos, desde ataques violentos até operações ilegais de mineração.

“Essa operação bem-sucedida na América do Sul mostra que estamos a progredir, mas a ameaça é real e global”, disse Urquiza.