"Temos de agir já no dia 1 dezembro - será um protesto único, inédito (...) O mundo inteiro vai concentrar-se na causa de um país que decidiu ir até ao fim", disse Machado numa videoconferência com líderes e ativistas da oposição.
Um líder, que está escondido por ter sido ameaçado de prisão, acrescentou: “Que seja um grande protesto dentro e fora da Venezuela”. Por sua vez, Machado também prometeu ações “mais firmes e seguras” antes do dia 10 de janeiro, dia em que o presidente da Venezuela tomará posse.
Machado e o seu candidato, González Urrutia, denunciaram fraude nas eleições de 28 de julho, quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro como vencedor.
A oposição reivindicou a vitória de González Urrutia, alegando que tinha 80% das cópias dos resultados oficiais que comprovavam a sua vitória. Os protestos eclodiram e provocaram 28 mortos, 200 feridos e mais de 2.400 pessoas foram detidas.
O Governo rejeitou as cédulas de voto, afirmando que eram falsas, e o Ministério Público anunciou uma investigação contra os líderes da oposição e pediu a detenção de González Urrutia.
Os protestos diminuíram após denúncias de uma “onda de repressão”, onde foram detidos vários ativistas e líderes da oposição detidos, obrigando outros a esconderem-se.
González Urrutia acabou por se exilar em Espanha, mas prometeu tomar posse como presidente da Venezuela a 10 de janeiro. “Não há dúvidas sobre isso”, reiterou na videochamada.
“Estamos a lutar, estamos a liderar a nossa voz, a voz de todos os venezuelanos no exterior. (...) Estivemos em Portugal, em Itália, em Bruxelas, e em todas elas encontrámos uma grande recetividade às nossas propostas”, disse González Urrutia.
A oposição espera que a pressão internacional sobre o Governo de Maduro aumente após o reconhecimento do opositor como “presidente eleito” por países como os Estados Unidos da América (EUA), Itália e Equador.
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