“Aqui o que há é um jogo de peças (…), não lhes importa para nada o bem-estar do povo”, disse Jesus Torrealba, da aliança Mesa de Unidade Democrática (MUD), que junta a oposição ao Governo de Nicolás Maduro.
O dirigente disse que os venezuelanos devem, por exemplo, “verificar as estatísticas de segurança no Estado de Arágua”, para determinar se o governador daquela região, novo vice-presidente da República, será competente para combater a criminalidade.
Por outro lado, instou os venezuelanos a analisarem os anúncios feitos pelo chefe de Estado porque, no seu entender, refletem uma “sectarização” de um Governo que deveria ampliar-se e construir alianças perante a grave crise do país.
“O gabinete anunciado pode ser o pior dos últimos 17 anos (…). Com estas designações demonstra-se que desprezam a necessidade de aumentar a gestão e de servir o povo, nomeando pessoas sem capacidade em áreas específicas, pelo que se deve fazer um apelo ao povo e à oposição venezuelana para que, perante uma agudização da crise, responda com mais unidade”, frisou.
O Presidente da Venezuela remodelou na quarta-feira o seu gabinete, designando 11 novos ministros, que terão como objetivo combater a criminalidade, recuperar a economia, consolidar os programas governamentais de assistência social e garantir a paz.
Uma das mudanças foi a designação do governador de Arágua, Tarek El Aissami, como vice-presidente da Venezuela, por ser, segundo o Chefe de Estado, “um líder indiscutível”, que concentrará a sua gestão na segurança dos cidadãos e na depuração das polícias regionais.
“Não me importa o cargo que tenham (…). Vamos com tudo contra os criminosos, os corruptos e os extremistas”, vincou Nicolás Maduro.
O novo vice-presidente da República é socialista, advogado e criminólogo e, em 2008, foi ministro de Relações Interiores e Justiça de Hugo Chávez.
Durante a sua gestão criou a Polícia Nacional Bolivariana, o Conselho Geral de Polícia e a Universidade Nacional Experimental da Segurança, tendo ainda presidido à Comissão Presidencial para o Controlo de Armas, Munições e Desarmamento, assim como à Comissão Presidencial de Refugiados Dignos.
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