Segundo Fernando Araújo, a medida está a ser analisada com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a indústria da panificação que tem mostrado “uma grande abertura” para produzir pão com menos sal.
A lei atual impõe como limite máximo de sal no pão 1,4 gramas por cada 100 granas de produto, enquanto “países como Inglaterra já estão em um grama”, disse.
Fernando Araújo recordou que Portugal tem um terço de pessoas hipertensas e as mais elevadas taxas europeias de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).
“É necessário fazer alguma coisa”, sublinhou em entrevista à agência Lusa.
O acordo firmado com a indústria da panificação estabelece que até 2021 será reduzida a quantidade de sal no pão, até atingir um grama de sal por 100 gramas de produto.
Trata-se de “uma meta a quatro anos, ao fim dos quais será reduzido 30% do sal no pão”, destacou.
O acordo vai agora ser transformado em lei e caberá ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) realizar “um plano de amostragem anual às padarias de todo o país” para averiguar se a lei será cumprida.
“A indústria da panificação mostrou uma grande abertura para reformular a forma de produzir os pães, incluindo os tradicionais que estão excluídos da lei atual”, disse.
Segundo Fernando Araújo, as padarias que atinjam antes de 2021 o objetivo definido para essa data — um grama de sal por 100 gramas de pão — terá um selo de qualidade que poderá usar de forma visível no estabelecimento.
Esse selo deverá atestar que essa padaria cumpre “o objetivo ambicioso de 2021″.
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