No penúltimo dia das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), na Cidade do Panamá, o papa voltou a utilizar uma linguagem jovem para cativar a audiência.
“Maria era uma jovem de Nazaré, não ia às redes sociais da época e não era uma ‘influencer’, mas sem querer tornou-se na mulher que mais influenciou a história”, afirmou.
“Maria, a ‘influenciadora’ de Deus”, definiu assim Francisco, acrescentando que ela tinha a força de saber dizer sim.
Para o papa ser um ‘influencer’ no século XXI significa “ser guardião das raízes, guardião de tudo o que impede as nossas vidas se tornarem gás e evaporarem-se em nada”.
O Sumo-pontífice aproveitou ainda para criticar “que não se está a dar raízes ou alicerces à juventude”.
“Sem educação é difícil sonhar com um futuro. Sem trabalho é muito difícil ter futuro, família e estar na comunidade”, sublinhou.
A JMJ é um encontro de jovens de todo o mundo com o papa, num ambiente festivo, religioso e cultural, que mostra o dinamismo da Igreja Católica.
Celebradas todos os anos ao nível diocesano e com um intervalo periódico de dois ou três anos, em diferentes partes do mundo, as jornadas foram criadas pelo papa João Paulo II em 1985.
As Jornadas Mundiais da Juventude arrancaram na terça-feira no Panamá e decorrem até hoje, data em que o papa deverá divulgar se a candidatura portuguesa foi a escolhida para organizar as Jornadas em 2022.
Além da presença do papa Francisco, o evento contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se deslocou a convite do seu homólogo panamiano Juan Carlos Varela.
A organização da XXXIV Jornadas Mundiais da Juventude espera 200 mil jovens provenientes de 155 países, incluindo 300 portugueses de 12 dioceses e seis congregações e movimentos (Salesianos, Caminho Neocatecumenal, Equipas de Jovens de Nossa Senhora, Juventude Mariana Vicentina, Schoenstatt e Focolares).
A delegação portuguesa inclui também 30 voluntários e seis bispos, nomeadamente Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família e bispo auxiliar de Lisboa, José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, Manuel Felício, bispo da Guarda, D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga e Virgílio Antunes, bispo de Coimbra.
As Jornadas Mundiais da Juventude são um primeiro momento de encontro global dos jovens após o sínodo dos bispos que lhes foi dedicado, em outubro de 2018, e no qual foi reforçada a necessidade de continuar a caminhar com os jovens.
O cardeal patriarca de Lisboa oficializou o pedido para receber as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) no final de 2017 e desde 2012 que em várias reuniões do Conselho Pontifício para os Leigos (CPL), do Vaticano, a hipótese de Portugal tem estado a ser pensada, segundo o ‘site’.
As anteriores edições da JMJ realizaram-se em Colónia, na Alemanha, em 2005, Sidney, na Austrália, em 2008, em Madrid, em 2011, com o papa Bento XVI, no Rio de Janeiro, em 2013, e em Cracóvia, na Polónia, em 2016, com o atual pontífice.
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