O grande incêndio que atingiu a emblemática catedral a 15 de abril provocou a libertação para a atmosfera de várias toneladas de partículas de chumbo.
Durante o atual período de férias escolares, os dois estabelecimentos de ensino visados estavam a ser utilizados como centros de lazer para cerca de 180 crianças.
Após testes recentes realizados pela Agência de Saúde regional nas instalações das duas escolas foram detetados níveis de concentração de chumbo superiores ao limite de 5.000 microgramas por metro quadrado, explicou a autarquia parisiense, que informou que os estabelecimentos em questão “vão permanecer encerrados provisoriamente” hoje e na sexta-feira.
A autarquia de Paris precisou que a elevada concentração de chumbo foi verificada nos pátios exteriores e não no interior dos edifícios.
As crianças foram, entretanto, transferidas para outras unidades, enquanto as escolas vão ser alvo de uma limpeza “completa e profunda”.
Também será realizada uma nova ronda de testes, cujos resultados serão tornados públicos na sexta-feira.
Na semana passada, a câmara de Paris tinha informado que as amostras recolhidas nas escolas localizadas nas imediações da catedral de Notre-Dame não justificavam “nenhum aviso de alerta”.
Segundo uma investigação do jornal ‘online’ Mediapart, publicada este mês, as autoridades francesas terão ocultado da opinião pública que o incêndio que atingiu em abril a catedral provocou a libertação para a atmosfera de uma quantidade de chumbo que ultrapassa amplamente os níveis considerados como seguros para a saúde das pessoas.
O jornal digital francês, que avançou que a “nuvem de chumbo” contaminou as áreas vizinhas do monumento, acusou a câmara de Paris de “não ter realizado uma limpeza profunda” da zona atingida.
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