Na recomendação ao Governo, o PCP salienta que a produção preferencial em Portugal é de arroz carolino, que representa cerca de dois terços do total produzido.
"O arroz carolino é aquele para o qual o país e os produtores portugueses estão mais vocacionados e é nesta produção que Portugal faz a diferença. Apesar de o país não atingir a autossuficiência, dado os baixos níveis de consumo de arroz carolino, já aconteceu proceder-se à sua exportação", refere-se no projeto da bancada comunista.
No mesmo projeto, o PCP defende que o arroz carolino "é o mais adequado à gastronomia nacional e colhia as preferências dos portugueses”.
No entanto, os comunistas lamentam que "diversas campanhas de marketing começaram a ‘desviar’ essas preferências para outras qualidades de arroz".
"Em Portugal entra muito arroz importado de países asiáticos com custos de produção muito inferiores. Contudo, esses países produzem arroz ‘indica’ e não arroz carolino", acrescenta-se na resolução.
Apenas com a oposição do deputado do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) André Silva num dos três pontos, o PCP fez também aprovar uma segunda resolução, esta a recomendar a valorização do pescado de baixo valor comercial e uma avaliação dos resultados das campanhas de promoção de consumo de pescado desenvolvidas pela Docapesca.
Para o PCP, o Governo deve proceder a um estudo ou levantamento exaustivo sobre os "fatores que concorrem para aumentar e condicionar a subida do valor do pescado, identificando os fatores que são responsáveis pelas margens elevadas dos intermediários entre a lota e o consumidor".
"A partir da avaliação e do levantamento", o Governo deve depois redesenhar as campanhas de valorização e promoção do consumo das espécies de baixo valor comercial e para a quais existem grande possibilidade de captura, como a cavala e o carapau", acrescenta-se na resolução.
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