Os criminosos usavam o método "Rip Deal", que consiste em burlar, raptar e roubar, com recurso à utilização de criptomoedas e de várias aplicações, apurou Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ que foi quem encabeçou a operação.

Segundo o comunicado enviado pela PJ às redações, "atividade criminosa era desenvolvida por vários elementos plurilocalizados, em duas fases distintas". Primeiro, "os suspeitos atraíam as vítimas interessadas em investir ou vender propriedades fingindo pertencer a um fundo de investimento internacional e ganhando a sua confiança para, no momento do pagamento, furtar os criptoativos." Para na fase seguinte, "outros elementos do grupo, sobretudo suspeitos originários do continente asiático e viver em Itália, eram responsáveis por branquear os rendimentos provenientes de atividades ilícitas, através de movimentos intrincados de criptoativos, criando um labirinto difícil de rastrear."

Os atos criminos aconteciam em Portugal, mas também na Áustria, Itália, Espanha, Roménia e Suíça.

Por isso, esta operação denominada "Trust" teve o apoio da Europol uma vez que decorreu em Itália, França e Roménia. Para se chegar à detenção houve várias buscas domiciliárias e "apreensão de bens materiais de elevado valor monetário e de um acervo de bases de dados que permitirão determinar a total abrangência dos factos."