Em declarações à imprensa polaca em Lódz (centro), o presidente da empresa Grzegorz Niedzielski explicou que quando a fábrica estiver totalmente operacional, dentro de dois anos, terá capacidade para produzir 180 mil unidades destes obuses por ano, graças a um investimento de cerca de 60 milhões de euros.
“Todas as autorizações, certificados e licenças necessárias estão em vigor, temos o pessoal, os recursos e só precisamos de começar a construir”, disse Niedzielski.
O calibre 155 milímetros é o calibre padrão para a maioria das armas terrestres pesadas da NATO e o exército polaco, por exemplo, equipa os seus lançadores de tanques Krab e os mais de mil tanques K-9 que adquiriu no ano passado com este tipo de arma.
De acordo com o Ministério da Defesa polaco, é necessária uma reserva de três milhões de munições de 155 milímetros para garantir a operacionalidade do exército em caso de guerra.
Este tipo de munições, amplamente utilizado nos tanques e obuses da NATO, emergiu como um dos principais recursos na guerra na Ucrânia, onde se estima que sejam disparados entre três mil e dez mil destes projécteis todos os dias.
O exército ucraniano, que tem denunciado repetidamente a sua necessidade de munições, disse recentemente que deve limitar-se a usar cerca de 2.000 projéteis de 155 milímetros por dia, em vez dos 10.800 de que necessitaria.
Na sequência da guerra na Ucrânia, a União Europeia (UE) propôs-se aumentar a sua produção de munições pesadas de 300 mil para um milhão de unidades por ano.
De acordo com as estimativas dos meios de comunicação social, os países da UE produzem atualmente cerca de 700 mil projéteis deste tipo no total.
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