Em 2018, por cada 100 raparigas nasceram 104 rapazes, contudo há mais mulheres que homens a partir do grupo etário dos 25 aos 29 anos, ou seja, por cada dez mulheres existem nove homens.

A divulgação dos dados sobre homens e mulheres de Portugal no panorama europeu assinala o Dia Internacional da Mulher, que se celebra hoje.

De acordo com a Pordata, a superioridade do número de mulheres aumenta à medida que se avança na idade.

Nos países da União Europeia a 27 as mulheres estão em maioria na população, com exceção do Luxemburgo, Malta e Suécia.

Os dados revelam também que as mulheres vivem em média mais tempo.

Quer à nascença, quer aos 65 anos, a esperança de vida é maior nas mulheres (à nascença a diferença é de seis anos e aos 65 anos é de quatro anos).

Nos países da UE-27, a realidade é a mesma: em média, elas vivem sempre mais, embora as diferenças entre sexos sejam variáveis consoante os países.

No entanto os anos esperados de vida saudável das mulheres aos 65 anos é menor que os dos homens. Dados referentes a 2017 revelam que os homens vivem oito anos sem limitações ou incapacidades enquanto a estimativa para as mulheres é de sete anos.

Esta é uma realidade bem distinta da observada em outros países europeus como a Suécia, por exemplo, onde uma mulher pode, aos 65 anos, esperar viver, em média, 16 anos sem limitações ou incapacidades enquanto o homem sueco apresenta uma expectativa de tempo de vida saudável de 15 anos.

A maioria da população estrangeira residente em Portugal é composta por mulheres, mas nem sempre foi assim.

Em 1980, os residentes estrangeiros em Portugal eram, na maioria, homens (59,1%) em 2018, eles deixaram de estar em maioria representando 49,5%.

Relativamente à escolaridade, os dados revelam que em Portugal, as raparigas entre os 18-24 anos abandonam menos a escola do que os rapazes à semelhança do que acontece em todos os países da Europa, com exceção da Eslováquia e da Bulgária.

Os níveis de abandono escolar em Portugal são significativamente inferiores aos observados no início dos anos 90, quando mais de metade dos rapazes abandonava a escola.

Contudo, apesar da recuperação, os dados indicam que no contexto da UE-27, em 2018, Portugal ocupava o 6.º lugar dos países onde a taxa de abandono escolar precoce, entre os rapazes, é maior.

Já no caso das raparigas, Portugal ocupava a 9.ª posição.

Ao nível do ensino superior, as mulheres são a maioria, ultrapassando os homens no número de matriculados.