Michel Temer tinha previsto visitar, entre os dias 07 a 14 de maio, Singapura, Tailândia, Indonésia e Vietname.
A primeira viagem, que chegou a estar prevista para janeiro, foi cancelada porque o chefe de Estado brasileiro enfrentava problemas de saúde.
Michel Temer, de 77 anos, havia sido hospitalizado um mês antes para corrigir um problema urinário após fazer uma cirurgia à próstata e uma angioplastia em três artérias coronárias.
Desta vez, fontes do Palácio do Planalto alegaram que o Presidente precisou de adiar a deslocação porque nas próximas semanas vai “concentrar-se” na “agenda legislativa” do país.
As mesmas fontes acrescentaram que a viagem será feita mais tarde, mas, por enquanto, não há uma data definida.
A decisão de cancelar pela segunda vez uma deslocação ao sudeste asiático coincide com o aparecimento de novas informações sobre uma investigação contra o chefe de Estado brasileiro.
O jornal Folha de São Paulo publicou na passada sexta-feira que há suspeitas de que Michel Temer branqueava dinheiro de suborno através da compra de bens adquiridos em nome da mulher e do filho, de 9 anos.
Perante esta notícia, o Presidente fez uma declaração à imprensa em que protestou contra a investigação, que classificou de “mentiras” que afetaram a sua honra e a da família.
Atualmente, a Polícia Federal do Brasil está a investigar se um decreto sancionado pelo Presidente para o setor dos portos beneficiou a empresa Rodrimar e se a mesma empresa pagou suborno para o partido de Temer, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), mudar esta lei.
A abertura da investigação contra Michel Temer foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro de 2017 a pedido do antigo procurador-geral do Brasil Rodrigo Janot, que acusou o Presidente de atos de corrupção em duas ocasiões.
Em ambas as ocasiões o Congresso, responsável por decidir se deve ou não abrir um julgamento contra um Presidente com mandato em exercício, rejeitou as acusações impedindo a abertura dos processos contra Michel Temer.
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