Segundo adiantou à Lusa fonte da comissão parlamentar de inquérito à gestão política da TAP, as primeiras seis audições já foram marcadas, começando na quarta-feira pela Inspeção-Geral de Finanças (IGF) e, no dia seguinte, o administrador financeiro da transportadora, Gonçalo Pires.
Para 4 de abril foi agendada a audição Christine Ourmières-Widener e, no dia seguinte, será a vez da antiga administradora e ex-secretária de Estado Alexandra Reis, cuja indemnização pela saída da TAP está no centro desta polémica.
Na semana a seguir à Páscoa, a comissão decidiu ouvir, em 11 de abril, o presidente de conselho de administração, Manuel Beja, e, no dia 13, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Na reunião desta semana, os deputados aprovam a audição de seis dezenas de personalidades no âmbito desta comissão de inquérito, tendo decido dar prioridade a estes seis nomes cujas datas foram agora definidas.
Além destes nomes, os partidos querem também ouvir o ministro das Finanças, Fernando Medina, e os antigos governantes Pedro Nuno Santos, João Leão, Mário Centeno, Hugo Mendes, entre outros.
Da longa lista fazem parte também diferentes responsáveis — atuais e antigos — da TAP, sindicatos, os empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman e ainda os advogados das sociedades que estiveram envolvidos na negociação da saída de Alexandra Reis.
No passado dia 3 de fevereiro, a proposta do BE para constituir uma comissão de inquérito à tutela política da gestão da TAP, com duração de 90 dias, foi aprovada no parlamento, com a abstenção do PS e PCP e os votos a favor dos restantes partidos.
O texto aprovado sem votos contra estabelece uma comissão parlamentar de inquérito “à tutela política da gestão da TAP” que incida em particular entre 2020 e 2022, averiguando a entrada e saída da antiga governante Alexandra Reis e as responsabilidades da tutela nas decisões tomadas.
O inquérito parlamentar à TAP é presidido pelo socialista Jorge Seguro Sanches, que terá como 1.º vice-presidente o deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira e como 2.º vice-presidente o deputado do Chega Filipe Melo.
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