Segundo a IRNA, Rouhani reuniu-se com o enviado da Venezuela a Teerão, Carlos Alcala Cordones, e transmitiu-lhe o seu apoio ao Governo de Maduro.
“Nós acreditamos que o povo da Venezuela, através da união e do apoio ao Governo, vai neutralizar as pressões de Washington”, declarou Rouhani, citado pela IRNA.
Rouhani classificou como “muito feio” aquilo que descreveu como a intervenção dos Estados Unidos nos assuntos internos da Venezuela.
“Os americanos basicamente são contra revoluções populares e nações independentes”, acrescentou o Presidente iraniano.
O Irão tem sido um apoiante fundamental do regime da Venezuela desde 1999, quando o Presidente Hugo Chávez chegou ao poder em Caracas.
Os dois países são membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e assinaram muitos acordos económicos.
A crise política na Venezuela agravou-se a 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Após a autoproclamação, Guaidó, de 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.
A União Europeia fez um ultimato a Maduro para convocar eleições nos próximos dias, prazo que Espanha, Portugal, França, Alemanha e Reino Unido indicaram ser de oito dias (a contar desde sábado passado), findo o qual os 28 reconhecem a autoridade de Juan Guaidó e da Assembleia Nacional para liderar o processo eleitoral.
Nicolás Maduro, de 56 anos, chefe de Estado desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento, no qual a oposição tem maioria, como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Na Venezuela, residem cerca de 300.000 portugueses e lusodescendentes.
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