Num comunicado ontem divulgado, Kate, mulher do herdeiro da coroa britânica, príncipe William, revelou o seu reaparecimento numa mensagem escrita divulgada pelo Palácio de Kensington - a sua residência oficial - na qual afirma estar a fazer "bons progressos" na luta contra a doença.

Na mensagem, a princesa de Gales afirmou estar a "progredir bem" no seu tratamento contra o cancro e anunciou que ia participar na cerimónia real deste sábado, a sua primeira aparição pública desde o natal passado.

Hoje Kate, ao lado dos filhos, sorriu e acenou às pessoas que enfrentaram a chuva em Londres e se reuniram na avenida The Mall, que leva ao Palácio de Buckingham.

A princesa usou um vestido branco da estilista Jenny Packham, com um chapéu preto e branco de Philip Treacy e o broche do regimento da Guarda Irlandesa.

Este desfile militar celebra o aniversário oficial do rei (apesar de o verdadeiro ser em novembro).

Está programado que Kate apareça na varanda de Buckingham para participar da tradicional saudação da família real que encerrará as celebrações.

A mulher do príncipe William, de 42 anos, anunciou em março que estava a fazer quimioterapia para um tipo de cancro não especificado.

créditos: JUSTIN TALLIS / AFP

"Estou a fazer bons progressos, mas como qualquer pessoa que passa por quimioterapia sabe, há dias bons e dias maus", disse Kate, no mesmo comunicado, acrescentando que o tratamento se vai prolongar por "mais alguns meses".

“Nos dias em que me sinto suficientemente bem, é uma alegria participar na vida escolar, dedicar tempo pessoal às coisas que me dão energia e positividade, bem como começar a trabalhar um pouco a partir de casa”, descreveu.

Kate disse que estava “ansiosa” por participar na cerimónia este fim de semana com a sua família e afirmou que a sua expectativa é a de vir a participar “em alguns compromissos públicos durante o verão”.

“Mas também sei que ainda não estou fora de perigo", comentou.

créditos: JUSTIN TALLIS / AFP

O anúncio de Kate, em março, foi feito depois de se ter especulado nas redes sociais sobre o seu bem-estar e a sua ausência. A princesa revelou poucos detalhes sobre a sua doença, que foi descoberta após o que descreveu como uma grande cirurgia abdominal em janeiro.

Numa mensagem de vídeo de março, Kate disse que o diagnóstico tinha sido "um enorme choque”.

“William e eu temos feito tudo o que podemos para processar e gerir isto em privado para o bem da nossa jovem família", comentou, na ocasião.

Na mensagem de ontem, Kate agradeceu ao público, dizendo que tinha ficado "impressionada com todas as mensagens de apoio e encorajamento".

"Estou a aprender a ser paciente, especialmente com a incerteza. Estou a levar cada dia como ele vem, a ouvir o meu corpo e a permitir-me levar este tempo tão necessário para sarar", referiu.

"Muito obrigada pela vossa contínua compreensão e a todos os que tão corajosamente partilharam as vossas histórias comigo", acrescentou ainda.

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Carlos III, de 75 anos, revelou o seu cancro em fevereiro e, recentemente, voltou a assumir funções públicas. Na semana passada, participou nas comemorações do 80.º aniversário do Dia D, o desembarque das forças aliadas na Normandia, em França, decisivo para o curso da II Guerra Mundial (1939-1945) na Europa.

Kate Middleton entrou para a família real ao casar-se com o príncipe William, em 2011, na Abadia de Westminster, numa cerimónia acompanhada por milhões de telespectadores em todo o mundo.

Catherine adaptou-se rapidamente às limitações da realeza, ao contrário da sua falecida sogra, a princesa Diana, ou da sua cunhada, a ex-atriz americana Meghan Markle.

Kate sempre manteve um perfil discreto, sem nunca responder aos boatos sobre os supostos adultérios do marido, a sua silhueta extremamente magra ou a suposta relação distante com Meghan.

Num país onde todas as figuras femininas da realeza são comparadas a Diana, Catherine sempre foi uma verdadeira "princesa do povo", afirma o jornalista Robert Jobson, escritor de um livro publicado em 2010 sobre William e Kate.

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Uma história de amor

Kate Middleton bateu à porta da casa real em setembro de 2001, aos 19 anos. Tinha começado a estudar história da Arte na prestigiada universidade escocesa de Saint Andrews, onde também estudava William, que conheceu no campus.

A amizade entre os dois viria a tornar-se um romance.

Nos seus anos de universidade, o casal começou a dividir apartamento com outros três estudantes. Mas as viagens que começaram a fazer juntos ditaram o início do namoro, com a imprensa sempre atrás.

Catherine começou a fazer visitas ao Palácio de Buckingham, residência oficial da família real, enquanto William ia com frequência à propriedade dos futuros sogros, em Buckleberry.

Não havia, no entanto, nenhum passo decisivo do príncipe para consolidar o relacionamento, o que levou a imprensa sensacionalista britânica a começar a chamar Catherine de "Waity Katty" (Katty à espera).

Nessa situação, o casal fez uma pausa na sua relação em 2007. Mas voltaram em 2008, até que William pediu Kate em casamento em outubro de 2010, durante um passeio por uma reserva natural no Quénia.

Uma 'Mulher do século XXI'

O casal escolheu como local de residência o Palácio de Kensington, em Londres, antes de se mudar nos últimos anos para uma casa perto do Castelo de Windsor. Juntos têm três filhos: George, Charlotte e Louis.

Kate Middleton, ao contrário de Sarah Ferguson, que foi esposa do príncipe Andrew, tio de William, ou Meghan Markle, esposa de seu cunhado, Harry, conquistou os britânicos desde o primeiro momento.

A popularidade da princesa entre os seus concidadãos foi crescendo a passos largos, sempre com um sorriso no rosto e comprometida com causas sociais, como a saúde mental e a infância.

Com a imagem de uma princesa moderna, Catherine é, "mais do que qualquer outra pessoa na família real", o "protótipo da mulher do século XXI", diz à AFP Pauline MacLaran, professora da universidade Royal Holloway.

Kate provém de uma família de classe média, que conseguiu prosperar no mundo dos negócios.

A sua mãe, que era comissária de bordo, e o seu pai, controlador aéreo, fizeram fortuna como empreendedores com uma empresa chamada Party Pieces, especializada na venda por correspondência de artigos para festas infantis.

*Com Lusa e AFP