“A Chapecoense não tinha como avaliar que a companhia [boliviana Lamia] operava de forma irregular e que isso representava um risco para quem ia entrar no avião”, defendeu o procurador, numa conferência de imprensa em Chapecó, cidade da equipa do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil.
Precisamente no dia em que se assinala um ano sobre a tragédia que matou 71 dos 77 passageiros do voo que se despenhou na Colômbia, Prola Júnior, um dos procuradores que participa nas investigações em curso no Brasil, revelou que não identificaram “nenhum elemento que indicie a participação culposa ou dolosa de qualquer brasileiro”.
De acordo com o procura, a abertura da investigação civil no Brasil teve como objetivo principal apurar a responsabilidade de cidadãos nacionais no caso, algo que não foi possível comprovar depois de um ano de averiguações.
“As investigações devem seguir no Brasil no âmbito do Tribunal de Contas da União e da Procuradoria de Brasília”, acrescentou.
As autoridades brasileiras continuam a apoiar os seus colegas na Colômbia e na Bolívia, onde prosseguem as averiguações para encontrar os responsáveis e, mais concretamente, os verdadeiros donos do avião que se despenhou a poucos quilómetros do aeroporto de Medellín, por falta de combustível.
A Chapecoense ia disputar a primeira mão da final da Taça Sul-Americana com os colombianos do Atlético Nacional. A bordo do avião, que realizou uma escala técnica na Bolívia, seguiam 77 pessoas, entre passageiros e tripulantes, das quais 71 morreram.
Em 27 de outubro, o Ministério Público brasileiro anunciou não ter encontrado qualquer indício do envolvimento da Chapecoense na contratação do avião acidentado.
De acordo com a autoridade judicial, não existiram quaisquer negociações entre funcionários do clube e a companhia aérea boliviana Lamia, proprietária da aeronave que se despenhou.
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