"Este é um programa que permite acordar a esperança. É um programa que nos permite acordar deste sono que vivemos, em que de vez em quando é interrompido sobressaltadamente por algumas insónias de desassossego socialista", afirmou David Justino, na apresentação formal do programa do partido, no Porto.
O dirigente defendeu ainda que, "acima de tudo", seria bom que os portugueses pudessem acordar dessa "letargia" e desses "soporíferos" que chegam todos os dias pelos mais variados meios.
David Justino rejeitou, contudo, a ideia de que o programa eleitoral social-democrata prometa tudo a todos, acusando António Costa, secretário-geral do PS e primeiro-ministro, de enganar os portugueses quando o afirmou.
"Este é um programa que promete tudo a todos? O dr. António Costa fez-nos esta acusação, mas voltou a enganar-se. Mas ao enganar-se enganou os portugueses também. Mas como ele confessou que não tinha lido o programa, eu acho que algum perdão podemos guardar para que, no fundo, ele possa remir mais facilmente os pecados", disse.
Para o presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD, o programa do PSD tem, acima de tudo, uma visão para o país que não é a visão ou ambição do Partido Socialista.
"Este programa tem a ambição e a visão que o programa do partido socialista não tem. É necessário que, a partir daqui, consigamos perceber que nem tudo é igual, que há diferenças marcantes, não só na forma como encaramos o futuro, mas acima de tudo há diferenças marcantes na forma como encaramos os portugueses", apontou, sublinhando que este programa é, "antes demais, um compromisso" que se estabelece com os portugueses.
"Este programa expressa uma cultura de compromisso. Não é uma cultura de protesto, nem uma cultura de radicalismo. É nesse sentido que não encontrarão nem ruturas, nem medidas que podem cair muito bem na comunicação social, mas que não resolvem um único problema", defendeu.
O PSD apresentou hoje formalmente, no Porto, o programa eleitoral do partido às legislativas, depois de o documento ter sido aprovado em Conselho Nacional no final de julho.
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