As declarações de Ana Catarina Mendes à Lusa surgem na sequência das declarações na segunda-feira do vice-presidente do PSD, David Justino, na sessão de abertura da Universidade de Verão do partido, na qual acusou António Costa de interpretar um “número de ilusionista" em relação ao protesto dos motoristas.
O vice-presidente do PSD considerou que o Governo montou um circo em redor da greve dos motoristas, que se mantém, com António Costa a desempenhar vários papéis. E ao enumerar os vários papéis desempenhados por Costa no circo, comentou: “Ele volta a sair, volta a entrar e depois faz o número de ilusionista, e vou ficar por aqui porque hoje não há palhaços".
Em declarações hoje à Lusa, Ana Catarina Mendes disse que “para o PS, não vale tudo em eleições”.
“Sobretudo em democracia, o insulto não é a melhor forma de fazermos política. Aquilo que se espera do PSD é que apresente propostas concretas para governar o país. É isso que está em discussão numas eleições”, sublinhou.
A secretária-geral adjunta do PS destacou também que o partido “sabe bem o caminho que está a trilhar, que trilhou nestes quatro anos e o caminho que quer continuar de progresso e desenvolvimento em Portugal dando melhores condições de vida às pessoas”.
“O que parece é que o PSD está de cabeça perdida e à falta de ideias, recorre ao insulto e isso não é aceitável em democracia”, concluiu.
Na sessão de abertura da Universidade de Verão do PSD, David Justino apontou também vários pontos que distinguem o PSD do PS, criticou ainda a entrevista de António Costa ao Expresso, nomeadamente sobre as questões relacionadas com o programa de Governo que o PSD está a desenvolver.
“Era bom que o PS em vez de continuar a prometer para mais quatro anos pusesse a mão na consciência e respondesse por estes quatro anos que passaram, em que não fez uma reforma que se possa atribuir ou dar esse mesmo nome”, acrescentou.
As críticas ao PS prosseguiram numa outra fase da sua intervenção, em que David Justino afirmou que o único adversário do PSD nesta altura em que se aproximam as eleições legislativas é o PS.
“O nosso principal adversário, quer queiramos quer não, é o PS, não é mais ninguém. O PS pode ter mais adversários e cada entrevista que dá arranja mais um adversário, nomeadamente se o Bloco de Esquerda não está na linha desejada, e se se quer puxar pela votação, obviamente transforma-se o Bloco de Esquerda num adversário”, disse.
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