As crianças, com idades entre 3 e 17 anos, e a mãe de uma delas receberão assistência médica em Espanha, indicou a agência da ONU.
"Essas crianças, muito doentes, receberão o tratamento de que precisam graças à cooperação entre vários parceiros e países", assegurou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.
Os doentes estavam hospitalizados no Egito há vários meses, após serem retirados de Gaza, detalhou a agência, acrescentando que eram apenas alguns dos milhares de crianças e adultos que necessitam de cuidados médicos especializados fora do território palestiniano.
O diretor-geral da OMS, elogiando o apoio e as facilidades proporcionadas pelo Egito e pela Espanha, instou "outros países que tenham a capacidade e as instalações médicas necessárias a acolher pessoas que, sem culpa alguma, estão presas nas garras desta guerra".
As crianças, acompanhadas por 25 membros das suas famílias e outras pessoas que cuidam delas, estavam no Egito antes de 6 de maio, data em que o posto fronteiriço de Rafah foi fechado, tornando as evacuações praticamente impossíveis.
Desde então, apenas 23 pessoas foram retiradas através do posto fronteiriço de Kerem Shalom, situado muito perto, indicou a OMS.
Desde que a guerra em Gaza estourou após o ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel, cerca de 5 mil pessoas foram retiradas para receber tratamento médico fora do território. Mais de 80% delas foram tratadas no Egito, Qatar e Emirados Árabes Unidos. Pelo menos 10 mil pessoas estão a aguardar uma evacuação médica urgente da Faixa de Gaza, segundo a OMS.
As crianças retiradas "são apenas a ponta do iceberg", declarou Hanan Balkhy, diretora regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental. "O facto de que pessoas gravemente doentes recebam o tratamento médico de que necessitam não deveria ser notícia, mas constituir uma rotina de cooperação mundial", disse Tedros.
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