"Tentaremos ter um modelo pronto até ao final deste ano, para que cada homem adulto na Polónia seja treinado em caso de guerra, para que esta reserva seja realmente comparável e adequada a potenciais ameaças”, disse Tusk.

No ano passado, o governo polaco disse que o exército contava com cerca de 200.000 soldados e que iria aumentar para 220.000 este ano, com o objectivo de atingir cerca de 300.000. Contudo, face aos últimos desenvolvimentos, nomeadamente com a Guerra na Ucrânia, e o facto de Trump ter retirado o apoio militar aos ucranianos, o panorama foi alterado.

"Hoje estamos a falar da necessidade de meio milhão de exércitos na Polónia", disse Tusk.

A Polónia, com uma população de 38 milhões de pessoas, está localizada ao longo do flanco leste da NATO e está "profundamente preocupada com a guerra na Ucrânia". Há receio de que, se a Ucrânia for derrotada, a Rússia volte as suas ambições imperiais para países como a Polónia, que Moscovo controlou durante o século XIX e durante a Guerra Fria.

"Se a Ucrânia perder a guerra ou se aceitar os termos de paz, armistício ou capitulação de uma forma que enfraqueça a sua soberania e torne mais fácil para Putin ganhar o controlo sobre a Ucrânia, então, sem dúvida, e todos podemos concordar com isto, a Polónia encontrar-se-á numa situação geopolítica muito mais difícil", disse Tusk.