O projeto de resolução a pedir a investigação sobre o ataque com armas químicas, atribuído ao regime de Bashar al-Assad, foi apresentado pelo Reino Unido, pela França e pelos Estados Unidos na noite de terça-feira ao Conselho de Segurança.
Apesar do fracasso das conversações realizadas na semana passada, o novo projeto de resolução exigia “uma total cooperação na investigação” sobre o ataque perpetrado na terça-feira da semana passada na cidade de Khan Sheikhun, província de Idleb, noroeste da Síria, numa zona rebelde, indicou ontem o embaixador do Reino Unido junto da ONU, Matthew Rycroft, na rede de mensagens instantâneas Twitter.
O texto recebeu 10 votos a favor, três abstenções e dois contra, da Bolívia e da Rússia, que fez valer o seu direito de veto como membro permanente. Trata-se da oitava vez em que Moscovo bloqueia uma resolução sobre a Síria no Conselho de Segurança, desde o início da guerra na Síria.
Em várias ocasiões, a sua postura foi apoiada pela China, que hoje se absteve, tal como o Cazaquistão e a Etiópia.
No dia 4 de abril, a cidade rebelde de Khan Sheikun foi alvo de um suposto ataque químico no qual morreram 87 civis, entre eles dezenas de crianças. Os rebeldes e vários países ocidentais o atribuíram ao presidente sírio, Bashar al Assad, que negou qualquer envolvimento.
Em resposta, os Estados Unidos lançaram na madrugada de 7 de abril um ataque com mísseis ‘Tomahawk’ contra uma base aérea do regime sírio. O Conselho de Segurança da ONU ainda está a discutir como responder a esta ação da Administração Trump.
[Notícia atualizada às 22h36]
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