Portugal enfrenta a “deterioração da regularidade em todos os serviços” ferroviários. O alerta é feito pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), citada pelo Jornal de Notícias.
De acordo com a AMT, desde 2019 que a supressão de comboios e a ausência de pontualidade do seu serviço tem vindo a piorar progressivamente, sendo que o problema afeta desde as linhas urbanas de Lisboa e Porto até às de longo curso.
O mesmo órgão revela que o problema é especialmente agudo no serviço urbano de Grande Lisboa, onde é maior o número de comboios suprimidos, mas o índice de pontualidade é pior nas ofertas de longo curso.
As atenções são voltadas para a CP, que assegura o transporte de passageiros por todo o país, e a Fertagus, responsável pelo transporte suburbano sobre o Tejo. No entanto, ambos os operadores apontam responsabilidades às greves tanto dos seus trabalhadores como os das Infraestruturas de Portugal. Além disso, a inconstância é também justificada pelas avarias de composições e por “constrangimentos” na via-férrea.
O resultado do deteriorar do serviço está à vista: as reclamações de passageiros do serviço ferroviário aumentaram 114,5% no primeiro semestre de 2023 face ao período homólogo de 2022.
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