Após três meses sem receber salário e tentativas infrutíferas de obter informação junto do grupo Lusitana-restauração, os trabalhadores concentraram-se junto ao ministério chefiado por Ana Mendes Godinho, em Lisboa, enquanto decorria no interior uma reunião de concertação entre representantes do seu sindicato e da empresa.
“O sócio-gerente da empresa disse-nos que não tem dinheiro para pagar os salários em atraso e que já pediu a insolvência, por isso pedimos-lhe que passasse as declarações para que os trabalhadores possam requerer o subsídio de desemprego para poderem subsistir”, disse à agência Lusa Miguel Ribeiro, do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul.
Segundo o sindicalista, o responsável do Grupo Lusitana-restauração comprometeu-se a emitir nos próximos dias as declarações e a facultar os documentos relativos ao pedido de insolvência apresentado no Tribunal Judicial de Évora.
“Não sabemos o que vai acontecer, por isso o nosso objetivo a garantir aos trabalhadores algum meio de subsistência pois muitos deles já estão a passar dificuldades”, afirmou Miguel Ribeiro.
O sindicato vai aguardar que a insolvência seja declarada e quando isso acontecer vai requerer os créditos dos trabalhadores.
O Grupo Lusitana-restauração inclui a Cervejeira Lusitana do centro comercial Colombo e a do Vasco da Gama, ambas em Lisboa, além da pastelaria Arcada, em Évora.
Os 102 trabalhadores do grupo estiveram ao serviço até 18 de março, mas o último salário que receberam foi o de fevereiro.
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