“Este dia sagrado ficará na história como o dia da criação oficial de uma igreja autónoma, independente e unida na Ucrânia, o dia da nossa efetiva independência da Rússia”, declarou Petro Poroshenko.
O chefe de Estado discursava perante uma multidão de bispos do clero ortodoxo ucraniano, que hoje se reuniram em Kiev.
As atuais tensões emergiram após o Patriarcado Universal de Constantinopla anular o “tomos” (decreto) que vinculava a Igreja ucraniana à russa desde 1686, uma decisão rejeitada pela Igreja russa e pela Igreja ucraniana que permanece leal a Moscovo.
O novo líder do concílio de unificação da igreja ucraniana, que decorre no sábado em Kiev, deverá receber das mãos de Bartolomeu I o “tomos” da autocefalia, e que a colocará ao mesmo nível da Igreja russa.
Até agora existiam três Igrejas ortodoxas que rivalizam na Ucrânia: uma dependente de Moscovo, que é maioritária, uma segunda do patriarcado de Kiev, e a última minoritária, que se tornou independente da Rússia em 1920 e que se autoproclamou Igreja Autocéfala Ortodoxa da Ucrânia.
No sínodo hoje realizado em Kiev, participaram essencialmente membros do patriarcado de Kiev e da Igreja Autocéfala Ortodoxa da Ucrânia.
Entretanto, nas últimas semanas, os sacerdotes leais ao Patriarcado de Moscovo denunciaram interrogatórios e investigações em diversas paróquias.
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