No entanto, 75 baleias-beluga permanecem em cativeiro num centro próximo da cidade de Najodka, a 200 km de Vladivostok. A proibição de captura de animais marinhos por parte da Rússia para vendê-los a aquários, sobretudo na China, continua a ser uma questão em suspenso.
O Instituto de oceanografia russo referiu esta terça-feira que as duas últimas orcas e ainda seis belugas tinham sido transportadas de barco e camião por 1.800 quilómetros até ao Mar de Okhotsk, no oceano Pacífico, onde foram libertadas. Desde junho passado, dez orcas e 12 belugas foram devolvidas ao mar da mesma forma.
A organização russa Sajakin Watch, que milita a favor destas libertações, celebrou uma "grande vitória ambiental", que ocorreu apesar de "contratos assinados com compradores chineses".
Segundo as autoridades russas, a prioridade era libertar as orcas durante o verão porque são menos resistentes que as belugas, uma espécie ártica que pode ser devolvida ao oceano em períodos mais frios.
Em fevereiro, foram divulgadas fotografias de 11 orcas e 93 belugas amontoadas desde 2018 em pequenos tanques perto da vila de Nakhoda, a 200 quilómetros de Vladivostok, o que desencadeou uma vaga de protestos internacionais.
Uma petição no site change.org a exigir a libertação dos animais recolheu mais de 1,5 milhões de assinaturas, entre as quais as de celebridades como o ator norte-americano Leonardo DiCaprio.
A Rússia é o único país no mundo a autorizar a captura e a venda de orcas e de belugas para aquários, uma prática controversa tornada possível graças a falhas jurídicas que as autoridades prometeram corrigir.
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