A 75.º cimeira da NATO foi um momento essencial para discutir os grandes problemas da defesa a nível mundial, porém no contexto das Eleições norte-americanas que se aproximam foram as gafes do presidente dos Estados Unidos que fizeram notícia esta sexta-feira.

A primeira gafe foi partilhada ainda ontem quando Joe Biden, esteve num encontro com Volodymyr Zelensky na Casa Branca. Na introdução do presidente da Ucrânia, Biden chamou "Putin" a Zelensky, corrigindo rapidamente o erro.

"Agora quero introduzir o presidente da Ucrânia que tem tanta coragem quanto tem determinação. Senhoras e senhores... Presidente Putin. Presidente Putin? Presidente Zelensky", corrigiu rapidamente Biden.

Socorrendo-se do humor, Joe Biden completou com "estou tão focado em derrotar o Putin...". Também com humor, Zelensky respondeu: "Sou muito melhor!".

Já durante o dia de hoje, foi também partilhada outra gafe, desta vez quando confundiu a sua vice-presidente com o seu opositor interno, Donald Trump.

Com os olhos do mundo postos no seu discurso, que muitos media adiantaram ser o discurso da desistência ou mesmo da demissão a favor da Kamala Harris, Biden voltou a equivocar-se.

Questionado sobre a competência da sua vice-presidente e também recandidata, para assumir ser "commander and chief, que é como quem diz, presidente dos EUA, o octogenário baralhou Harris com Trump.

Numa demorada conferência com os jornalistas, Biden teve vários lapsos e autocorrigiu-se na maioria das vezes.

Mas garante que está bem em termos de saúde, em particular neurológica, não recusa fazer exames e afirma que a função de presidente dos Estados Unidos é o exame diário de neurologia que faz todos os dias.

Recusa retirar a candidatura afirmando que quer terminar o trabalho que começou. Para justificar o argumento usou muitos dados estatísticos da economia, criação de emprego, assim como fez alusões à sua intervenção na política internacional.

Diz-se em contacto permanente com a China e afirma que terá copiado dos orientais algumas técnicas de "protecionismo", nomeadamente, no que toca a impostos agravados para veículos elétricos fabricados na China.

Recorde-se que os chefes de Estado e de governo da NATO comprometeram-se nesta cimeira a dedicar um mínimo de 40 mil milhões de euros para apoiar em 2025 o esforço de guerra ucraniano perante a Rússia, declarando um "caminho irreversível" para adesão da Ucrânia.

No dia de ontem, o Presidente ucraniano afirmou em Washington que a adesão do seu país à NATO está "muito próxima" e pediu o levantamento de todas as restrições ao uso de armamento ocidental contra a Rússia.

“Estamos muito perto do nosso objetivo. O próximo passo será o convite e depois a adesão”, disse Zelensky em conferência de imprensa com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, durante a Cimeira da Aliança Atlântica em Washington.