Em comunicado enviado à Lusa, a Universidade do Minho (UMinho) explica que o novo fungo, descoberto por cientistas do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da UMinho em parceria com a Universidade de El Manar (Tunísia), "tem a característica particular de não infetar nem apodrecer as maçãs".
Os investigadores acreditam que "assim, a partir de agora, será possível combater, de forma natural, a podridão do bolor azul (Penicillium expansum), uma das doenças mais comuns na fase pós-colheita, responsável por causar grandes prejuízos nos frutos".
Ao contrário do Penicillium expansum, explica o texto, aquela "nova espécie Penicillium tunisiense, além de ter o potencial de combater doenças específicas, não produz patulina, uma micotoxina produzida pelo bolor azul que contamina alimentos, em especial, a maçã".
A instituição minhota adianta que "a nova espécie está agora preservada e disponível no catálogo da MUM - Micoteca da Universidade do Minho, podendo vir a ser explorada para combater a podridão do bolor azul".
A MUM é uma coleção de culturas de fungos filamentosos sediada no Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho desde 1996, que tem como principal missão ser um centro de recursos para a preservação da diversidade fúngica e sua informação e criar soluções para o desenvolvimento sustentável e para o bem-estar do homem.
Com mais de 750 estirpes no catálogo, a MUM, salienta a UMinho, "tem colaborado de forma decisiva para os avanços na ciência, tendo recentemente conseguido trazer para Portugal a única sede de uma infraestrutura europeia de investigação, a MIRRI - Microbial Resource Research Infrastructure".
O Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho é um centro de investigação criado em 1995 e "altamente tecnológico", atuando nas áreas da Biotecnologia e Bioengenharia.
A atividade de investigação do CEB concentra-se nos setores ambiental, da saúde, industrial e alimentar.
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