Varíola do macaco: OMS não recomenda cancelar festivais, mas pede vigilância e campanhas de comunicação

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Segundo a OMS, foram até aqui detetados 3200 casos e uma morte num total de 48 países. Os casos de varíola do macaco têm vindo a aumentar desde maio nos países onde não é endémica e concentram-se especialmente na Europa ocidental.
Varíola do macaco: OMS não recomenda cancelar festivais, mas pede vigilância e campanhas de comunicação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que os festivais de verão na Europa não devem ser cancelados devido à varíola do macaco, mas pediu vigilância para evitar a propagação do vírus.

"Temos todos os festivais de verão, shows e outros eventos a começar no hemisfério norte" que "podem representar um ambiente propício para a transmissão", disse Amaia Artazcoz, especialista da OMS. "No entanto, não recomendamos adiar ou cancelar nenhum desses eventos nas áreas onde foram identificados casos de varíola do macaco", acrescentou durante uma conferência virtual sobre o tema que teve lugar na sexta-feira, dia 24.

Segundo Sarah Tyler, consultora de comunicações de emergências sanitárias da OMS Europa, haverá mais de 800 festivais na região, que reunirão centenas de milhares de pessoas de vários países.

"Muitos participantes têm muita mobilidade e são ativos sexualmente e alguns deles terão contatos íntimos pele a pele nesses eventos ou ao redor deles", afirmou Tyler, ressaltando que se não tomarem cuidado, "corremos o risco de ver um aumento dos casos de varíola do macaco na Europa neste verão".

A OMS pediu aos organizadores desses eventos que alertem sobre o risco com campanhas de comunicação, identifiquem casos rapidamente, detenham a transmissão e protejam as pessoas.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou ontem mais 20 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, elevando o total de casos para 348, a maioria notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, mas também com registo de casos nas regiões do Norte, Alentejo e Algarve.

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Os sintomas da doença, que costuma durar cerca de três semanas, incluem febre, dor de cabeça, inflamação dos linfonodos, dores musculares e fadiga. Depois, surgem erupções no rosto, palmas das mãos e plantas dos pés, lesões, pústulas e, por fim, crostas.

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