"Haverá menos vítimas quando estivermos nas fronteiras administrativas da Crimeia. Penso que é possível um impulso político para a desmilitarização russa no território ucraniano da Crimeia", declarou Zelensky numa entrevista, citada pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Zelensky salientou que Kiev não tem planos para lançar operações em território russo e admitiu que este tipo de decisão faria a Ucrânia perder o apoio dos países aliados.
“Se eu enviasse as minhas tropas e decidisse ir para território russo, está claro que estes Estados [aliados] não estariam do meu lado”, afirmou.
O chefe de Estado ucraniano também enfatizou que a sua “prioridade número um” é “terminar a guerra com uma vitória”.
“Uma vitória é diferente para cada um. Para mim, como Presidente, gostaria que fosse uma vitória que implicasse a impossibilidade de um regresso à guerra”, afirmou.
"Gostaria de uma vitória assim. Não é fácil. Há uma componente que não depende apenas do poder do exército, mas da segurança das infraestruturas e da sociedade", disse o Presidente ucraniano, sublinhando "a necessidade de a população permanecer unida" face à invasão russa, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022.
Hoje, as forças especiais ucranianas afirmaram ter realizado um ataque contra alvos da Frota Russa do Mar Negro na Crimeia, dias depois de realizarem uma “operação especial” que incluiu o desembarque de tropas na península.
As forças de operações especiais ucranianas publicaram, na rede social Telegram que a operação foi realizada em conjunto com “outras unidades das forças de defesa”, reforçando que os alvos atingidos pertencem à 126ª Brigada da Guarda Costeira da Frota do Mar Negro.
“Foram utilizados vários ‘drones kamikaze’ durante o ataque, que causaram danos na localização da referida unidade inimiga em Perevalnoi, na Crimeia”, sublinharam, antes de sublinhar que “o inimigo sofreu perdas, com mortos e feridos”.
Da mesma forma, sublinharam que “a dificuldade na realização da operação ocorreu devido às características da topografia da zona”, embora tenham afirmado que “os ‘drones’ ultrapassaram o percurso e atingiram os seus alvos”.
Em resposta, o Ministério da Defesa russo afirmou, num comunicado, que as suas forças destruíram dois ‘drones’ “no território da República da Crimeia” e acusaram Kiev de “uma nova tentativa de realizar um ataque terrorista (…) contra objetivos no território da Federação Russa".
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