"Exijo melhores condições à federação moçambicana. Ao longo dos últimos dois anos temos enfrentado muitas adversidades. Isto é um apelo que eu faço", disse o antigo futebolista internacional português.
Após o encontro, realizado em Massamá, Abel Xavier disse que "mais importante do que os resultados são as condições” em que trabalha.
“A federação sabe muito bem quais são os problemas. Mas não vou fazer aqui nenhum manifesto", prosseguiu Abel Xavier, sem especificar quais são as razões da sua insatisfação.
O defesa central e capitão Jeitoso admitiu que as condições que a federação dá não são do agrado dos jogadores.
“A logística não nos agradou, mas temos de estar preparados para tudo", disse o futebolista moçambicano.
Depois de considerar que Moçambique jogou "taco a taco" com a seleção de Cabo Verde, Jeitoso dedicou o triunfo "a toda a nação moçambicana e, em especial, aos treinadores".
Abel Xavier, que nasceu na cidade moçambicana de Nampula há 44 anos, não esqueceu as suas origens humildes e a forma como viveu em Portugal antes de se consagrar como um jogador internacional de topo no Benfica e na seleção nacional.
"Sei do que falo, pois cresci no Jamor num bairro clandestino. Conheço bem as dificuldades, pois comecei a dar pontapés na bola no local onde agora existem os campos nº 3 e nº4 do Vale do Jamor. Senti as mesmas dificuldades que muitos jovens moçambicanos sentem atualmente", salientou o jogador que iniciou a sua carreira no Estrela da Amadora.
Abel Xavier disse estar “extremamente orgulhoso pela forma como os jogadores interpretaram o plano de jogo contra Cabo Verde”.
“Estamos a crescer para tentarmos atingir outro patamar. Quero agradecer a forma como fomos recebidos pelo Benfica e o Sporting", concluiu o treinador de Moçambique, cuja seleção parte na quarta-feira para o seu país.
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