O consórcio European Investigative Collaborations - da qual o semanário Expresso é associado - espera publicar nas próximas semanas milhares de informações fiscais difundidas através do 'Football Leaks'.
A partir de informações obtidas pelo jornal alemão Der Spiegel, o consórcio afirma que Cristiano Ronaldo terá "camuflado 150 milhões de euros em paraísos fiscais, na Suíça e nas Ilhas Virgens Britânicas", beneficiando de "um sistema elaborado pelo empresário, Jorge Mendes".
No caso de José Mourinho, este teria "desviado 12 milhões de euros para uma conta bancária na Suíça, de uma empresa registada nas Ilhas Virgens Britânicas".
Ainda segundo o consórcio, o treinador português terá sido alvo de "uma inspeção fiscal na Espanha" que se havia "traduzido num ajuste de 4,4 milhões de euros, já com penalizações incluídas".
Estes primeiros "Football Leaks" fazem referência a "um esquema" engendrado pelo empresário de ambos, Jorge Mendes, que terá ocultado "pelo menos 185 milhões de euros em direitos de imagem das administrações fiscais, através de uma rede de empresas fantasma e de contas offshore na Irlanda, Ilhas Virgens Britânicas, Panamá e Suíça".
A empresa de Jorge Mendes, a Gestifute, respondeu esta sexta-feira, em comunicado, antes da publicação das acusações, que Cristiano Ronaldo e Mourinho respeitam "plenamente as suas obrigações fiscais diante das autoridades espanholas e britânicas".
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