Na estreia da seleção portuguesa, no Mundial de Futebol, as emoções estão à flor da pele, na véspera do jogo a capitã Dolores Silva já tinha deixado o pedido.
“Espero que os portugueses despertem bem cedo para nos ver. Temos sentido uma envolvência muito grande. Espero que as pessoas se liguem ao máximo à nossa Seleção. Estamos a inspirar as gerações futuras de futebolistas e a representar as gerações passadas. É um momento muito especial para o futebol português e somos privilegiadas por fazer parte dele”.
E ao pedido juntou uma promessa e um desejo, a seleção iria levar a campo “o coração e a alma portuguesa”.
Aqueles que acederam ao pedido da capitã das navegadores e acordaram para as ver jogar, viram mais que isso. Viram a emoção de quem sabe o que este marco representa para as suas carreiras, mas também para um país onde o futebol é deporto rei, mas ainda tem um longo caminho a percorrer para ser rainha.
No momento em que A Portuguesa se ouvia no estádio Forsyth Barr Stadium, em Dunedin, na Nova Zelândia, a emoção das jogadoras era notória, e Tatiana Silva e Jéssica Pinto não contiveram as lágrimas. É que, em Portugal, o futebol no feminino continua a ser, muitas vezes, um ato de rebeldia.
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