O Mónaco recorreu ao empresário Jorge Mendes para mediar a transferência do avançado internacional francês para o Real Madrid, que aceitara pagar 180 milhões de euros, verba que exigiu posteriormente ao Paris Saint-Germain.
De acordo com o consórcio de investigação de vários órgãos de comunicação social europeus, este valor é acrescido de 34 milhões de euros relativos a impostos que o Real Madrid acordou liquidar, aumentando o valor da transferência para 214 milhões de euros.
Pela sua intervenção, refere o consórcio, o agente português Jorge Mendes foi posteriormente compensado com nove milhões de euros, quando ocorreu a transferência de Mbappé para os parisienses, “apesar de não ter tido uma ação direta na operação”.
Embora tenha existido um princípio de acordo com o Real Madrid, o internacional francês preferiu representar o Paris Saint-Germain, pelo que o Mónaco exigiu ao rival da capital francesa os mesmos montantes previamente negociados e acordados com os espanhóis.
A transferência de Mbappé, de 19 anos, para o Paris Saint-Germain foi feita através de um empréstimo gratuito no primeiro ano, com uma opção obrigatória para pagar 145 milhões no seguinte e mais 35 milhões se o vinculo for prorrogado.
Inicialmente, pensava-se que os contornos do negócio com o PSG visavam não infringir as regras do ‘fair play’ financeiro da UEFA, dado que o clube tinha pagado 222 milhões pela transferência do brasileiro Neymar, mas o consórcio refere que o esquema serviu para evitar o pagamento de um imposto em França.
O consórcio também revela detalhes do contrato de Mbappé com o Paris Saint-Germain, em particular algumas cláusulas exigidas pelo jogador, que foram rejeitadas pelo clube.
Mbappé acordou em receber 10 milhões de euros por temporada ao longo de cinco épocas, o mesmo salário que tinha estabelecido com o Real Madrid, mas pediu que o mesmo fosse revisto e passasse a ser o mais alto do plantel caso fosse designado Bola de Ouro
O clube rejeitou a condição que teria levado o avançado francês a ultrapassar os 30 milhões de euros por temporada cobrados pelo brasileiro Neymar.
O avançado viu também negada a sua pretensão de receber uma compensação financeira caso o clube fosse excluído da Liga dos Campeões, por incumprimento do ‘fair play’ da UEFA, bem como as pretendidas 50 horas por ano em avião particular.
O Paris Saint-Germain acordou com o jogador um bónus de 500 mil euros livre de impostos, caso ganhasse a Bola de Ouro, e 30 mil euros por ano para ajudar na renda de casa e na contratação de um mordomo, de um motorista e de um segurança.
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