A empresa norte-americana tinha programada para hoje uma pronúncia acerca do ‘rating’ de Portugal, mas de acordo com o seu ‘site’, Portugal está assinalado como um dos “‘ratings’ que não foram atualizados” em 17 de julho.
Desta forma, mantém-se o ‘rating’ de Baa3 e perspetiva positiva, atualizada pela última vez em agosto de 2019, não tendo a Moody’s se pronunciado depois do início da pandemia de covid-19.
Em 22 de maio, a agência de notação financeira Fitch também não se pronunciou sobre o ‘rating’ ou sobre a perspetiva de Portugal, mantendo a classificação de ‘BBB’ e perspetiva estável sobre a dívida pública portuguesa, feita em 17 de abril.
Nesse dia, a Fitch reviu a perspetiva sobre a economia portuguesa de ‘positiva’ para ‘estável’, mas manteve o ‘rating’ em BBB, nível de investimento (acima do ‘lixo’).
“A revisão da perspetiva reflete o impacto significativo da pandemia global de covid-19 na economia portuguesa e a posição orçamental do soberano [Estado]. É provável que o choque interrompa tendências anteriores de melhoria do crescimento económico, rácio da dívida pública face ao PIB [Produto Interno Bruto] e a resiliência no setor bancário”, pronunciou-se então a Fitch, numa posição que não estava agendada no calendário oficial.
Ainda durante a crise pandémica, em 24 de abril, numa pronúncia não agendada, a Standard and Poor’s reviu em baixa a perspetiva da dívida pública portuguesa de ‘positiva’ para ‘estável’, reafirmando o ‘rating’ de ‘BBB’ para a dívida pública de longo prazo.
Apesar da revisão em baixa da perspetiva, as autoridades portuguesas são elogiadas, em comunicado da S&P, pelo sucesso na estabilização e taxas de mortalidade na pandemia do novo coronavírus, mas a agência referiu que a “recessão global severa e sincronizada” deste ano vai pesar na “pequena e aberta economia portuguesa”.
Já em 20 de março, a agência de notação financeira DBRS Morningstar manteve o ‘rating’ de Portugal em BBB (alto), com perspetiva estável, mas considerou que a natureza “pequena e aberta” da economia portuguesa a coloca vulnerável à crise.
Segundo a agência de notação financeira canadiana, “no mínimo, a economia portuguesa irá provavelmente abrandar nos primeiros trimestres do ano à medida que as receitas do turismo caem, e a confiança dos consumidores e o sentimento industrial enfraquecem”.
O ‘rating’ é uma classificação atribuída pelas agências de notação financeira que avalia o risco de crédito (capacidade de pagar a dívida) de um emissor, que pode ser um país ou uma empresa.
Cada agência de ‘rating’ tem a sua própria escala de avaliação, mas em todas a melhor classificação é o triplo A (AAA) e as letras C ou D indicam avaliações em que o investimento é considerado de risco ou especulativo (vulgarmente designado ‘lixo’).
Na letra B há categorias que podem ser classificadas como de investimento, caso se aproximem do nível A, ou de risco ou especulativo, caso se aproximem do C.
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