“A divulgação deste relatório vem contribuir para desmistificar a ideia de que as verbas do Fundo de Resolução não constituiriam recursos públicos, mas sim recursos do sistema financeiro”, disse Jerónimo de Sousa, que considerou “inaceitável” ser o povo português a suportar os custos da resolução do banco.
“Contrariamente ao que nos foi dito pelos governos PSD/CDS e PS, estamos perante a utilização de dinheiros públicos, como o PCP sempre afirmou, já cifrados em perto de oito mil milhões de euros. E, como se não bastasse, temos a administração do Novo Banco a banquetear-se com dois milhões de euros de prémios. Um escândalo”, frisou o líder comunista.
Jerónimo de Sousa falava a centenas de pessoas na placa central da avenida Luísa Todi, em Setúbal, na apresentação dos candidatos da CDU à presidência do município sadino, André Martins, do PEV, e à Assembleia Municipal, Manuel Pisco, do PCP.
O dirigente comunista elogiou o trabalho desenvolvido pelos autarcas da CDU na capital do distrito nas últimas duas décadas, lembrando também os problemas financeiros herdados da anterior maioria socialista, que obrigaram os eleitos da CDU a celebrar, com o Governo, um Contrato de Reequilíbrio Financeiro, que só termina em 2023.
“A obra que ao longo destes sucessivos mandatos está à vista é tão mais valorizável, quanto as energias que foi preciso concentrar para recuperar uma autarquia deixada pelo PS numa situação financeira calamitosa e um lastro de problemas acumulados e por resolver”, disse.
“É caso para se dizer, como temos dito, que o trabalho sério não teme comparações”, sublinhou Jerónimo de Sousa, dando vários exemplos do trabalho realizado em Setúbal, sob a liderança de Maria das Dores Meira, agora candidata da CDU à Câmara Municipal de Almada.
O líder comunista defendeu ainda que a apresentação dos dois candidatos da CDU em Setúbal, André Martins e Manuel Pisco, constituiu um “momento importante no percurso de afirmação da CDU e do seu inegável papel na construção de um concelho e de uma cidade onde dá gosto viver”.
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