Em comunicado divulgado hoje pelo Ministério das Finanças, antes da síntese de execução orçamental relativa aos três primeiros trimestres deste ano que foi publicada hoje pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), o Ministério das Finanças indicou que "o défice acumulado das administrações públicas até ao terceiro trimestre caiu 292 milhões de euros face ao período homólogo", atingindo os "2.924 milhões de euros" até setembro.
Este desempenho representa "53,2% do previsto para o ano, quando em 2015 representava 67,7% do défice anual", segundo o Governo.
De acordo com o ministério de Mário Centeno, "esta melhoria continuada ao longo do ano resulta de um aumento de 2,6% da receita, superior em 0,6 pontos percentuais ao crescimento da despesa", que subiu 1,9%.
A DGO afirma que "a receita beneficiou da evolução positiva dos impostos indiretos e das contribuições para a Segurança Social" e a evolução da despesa reflete sobretudo "o acréscimo das despesas com pessoal, dos encargos com os juros da dívida do Estado e da despesa com prestações sociais (com exceção das prestações de desemprego, que diminuíram) parcialmente compensado pelo decréscimo registado na despesa com as aquisições de bens e serviços correntes e de capital".
O excedente primário das Administrações Públicas, que exclui os encargos com a dívida pública, atingiu 3.058,4 milhões de euros até setembro, superior em 656,8 milhões de euros ao registado no período homólogo.
Para a melhoria do saldo das Administrações Públicas, acrescenta a DGO, contribuiu o aumento dos excedentes da Administração Regional e Local (em 349,5 milhões de euros) e da Segurança Social (em 331,2 milhões de euros).
Por sua vez, o défice global da Administração Central e da Segurança Social ascendeu a 3.641,6 milhões de euros (3.583,6 milhões de euros em 2015) até setembro, enquanto o saldo primário foi excedentário, "tendo-se situado em 2.170,6 milhões de euros (+1.850,9 milhões de euros em 2015)".
O saldo global da Administração Regional e Local (ARL) situou-se em 717,6 milhões de euros (693,8 milhões de euros na Administração Local e 23,8 milhões de euros na Administração Regional) "que compara favoravelmente com o saldo registado no período homólogo (368 milhões de euros)", diz a DGO.
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