Foi publicado a 23 de junho o European Innovation Scoreboard 2020, documento que fornece uma análise comparativa do desempenho da investigação e inovação nos países da União Europeia (UE), bem como em outros países europeus e países vizinhos regionais.
O estudo avalia os pontos fortes e fracos relativos aos sistemas nacionais de inovação e ajuda os países a avaliar as áreas nas quais precisam de concentrar os seus esforços para aumentar o seu desempenho em inovação. Para além disso, faz a distinção entre quatro tipos principais de atividade (condições estruturais, investimentos públicos e privados, atividades de inovação, impacto das atividades) que abrangem, no total, dez dimensões de inovação e 27 indicadores diferentes.
A edição 2020 do European Innovation Scoreboard destaca que o desempenho da inovação na UE continua a aumentar a um ritmo constante, e que, em média, o desempenho da inovação da UE aumentou 8,9% desde 2012, com o maior crescimento a verificar-se em Portugal, Lituânia, Malta, Letónia e Grécia.
Portugal é agora um país “fortemente inovador” e o 12.º mais inovador da União Europeia, ainda assim atrás da Suécia, que lidera o ranking da inovação e é seguida por países como a Finlândia, a Dinamarca, a Holanda e o Luxemburgo.
Em 2019, Portugal era líder do grupo dos países “moderadamente inovadores”, tendo em 2020 passado a integrar o grupo de países fortemente inovadores (aqueles que têm desempenho acima ou próximo da média da UE), onde estão os países acima referidos e também outros como a Alemanha e a França. Esta é a melhor posição de sempre de Portugal neste ranking sendo que, para além disso, é líder, pelo segundo ano consecutivo, na dimensão do ranking focada no nível de inovação nas pequenas e médias empresas (PME), seguido pela Finlândia, Áustria e Bélgica.
Segundo o estudo da Comissão Europeia, os pontos fortes em Portugal são o ambiente favorável à inovação, os sistemas de pesquisa e a introdução da inovação no mercado e nas organizações. De acordo com a publicação, o nosso país encontra-se acima da média da UE em indicadores como:
- as publicações científicas em coautoria com autores fora do espaço comunitário;
- a penetração da Banda Larga nas empresas;
- o número de estudantes internacionais de doutoramento;
- o registo de marcas comunitárias;
- as despesas com inovação não-tecnológica;
- a percentagem de empresas com formação em TIC;
- a percentagem de PME's com inovação de produtos ou processos, e também ao nível organizacional e de marketing;
- a percentagem de PME inovadoras que colaboram com outras PME;
- o emprego em empresas de elevado crescimento de setores inovadores.
Por outro lado, as dimensões em que o país apresenta resultados mais fracos são o impacto nas vendas e os vínculos e ativos intelectuais. Segundo o documento, Portugal encontra-se, ainda assim, abaixo da média europeia em indicadores como a disponibilidade de capital de risco privado, o investimento em I&D pelas empresas, o registo de patentes ou as exportações de serviços intensivos em conhecimento.
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