“Na minha opinião, serão necessários novos aumentos das taxas de juro para ter a inflação [dentro do objetivo] de 2% a médio prazo, e não apenas a prevista na reunião de política monetária no final de outubro” do Banco Central Europeu (BCE), disse Joachim Nagel, num discurso em Washington, cujo texto foi divulgado pelo Bundesbank.
“O Conselho do BCE não deve relaxar o seu aperto monetário tão cedo”, defendeu, porque é necessário “garantir que a inflação elevada acaba”, insistiu.
A inflação, ou subida generalizada dos preços, atingiu os 10% em setembro na zona euro.
Em julho, o BCE começou a subir abruptamente as suas taxas de juro, em linha com a sua principal missão de garantir a estabilidade dos preços.
Considera que o abrandamento contínuo da economia da zona euro no contexto de uma crise energética ligada à guerra na Ucrânia não será capaz de atenuar suficientemente a inflação.
A próxima reunião do Conselho de Governadores da instituição, agendada para 27 de outubro, poderá levar a um novo aumento de 0,75 pontos base nas taxas diretoras, depois de igual aumento, que foi histórico, em setembro, segundo declarações de banqueiros e observadores da zona euro.
A taxa de juro diretora do BCE está agora nos 1,25% e, segundo analistas, deve subir pelo menos para 2,5% a 3% até ao início de 2023.
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