“As contas de 2016 da Santa Casa são objetivamente sólidas e robustas. O resultado líquido aumenta muito consideravelmente em relação ao ano anterior. O resultado líquido é de 21,5 milhões de euros positivos. O ano passado [anterior] foi de 5 milhões de euros. Traduz também um aumento muito considerável das vendas brutas dos jogos sociais do Estado, que voltam a subir mais de dois dígitos, cerca de 13%, atingem os 2,7 mil milhões de euros”, sintetizou hoje o Provedor Pedro Santana Lopes, no final da apresentação dos Relatórios e Contas de 2016 da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do seu Departamento de Jogos.
De acordo com o relatório e contas de 2016 do Departamento de Jogos da Santa Casa, em 2016 a venda de jogos conseguiu mais 534,9 milhões de euros do que em 2015.
O relatório aponta ainda que 97% (2.690,6 milhões de euros) do total de receitas com os jogos foram devolvidos à sociedade, através do pagamento de prémios de jogo, imposto de selo para o Estado, resultados distribuídos pelos beneficiários, promoção do desporto, patrocínios e investimento na promoção da legalidade e do jogo responsável.
“Não significa que isto vá acontecer todos os anos, mas os indicadores que temos do primeiro trimestre permitem saber que continua a confiança dos portugueses nos jogos sociais. Isto sem aumentar a fatia do rendimento disponível das famílias”, destacou o Provedor.
Em 2016, o número de registo de apostas ascendeu a 1.128 milhões, superando em 24,1% o número de registos observado no ano anterior, e foram atribuídos prémios num total de 1.668,0 milhões de euros, mais 372,4 milhões de euros do que em 2015.
A raspadinha, com um volume de vendas de 1.359,1 milhões de euros, mais 23,4% do que em 2015, manteve-se como o jogo mais vendido, representando quase 50% do conjunto de vendas.
As Apostas Mútuas e a Lotaria Nacional mantiveram a tendência de redução do peso na estrutura de vendas, representando em conjunto 37%.
O novo jogo de apostas Placard, que funcionou em 2016 pelo primeiro ano completo, aumentou as vendas em 489,3% em relação a 2015 e assumiu-se como o terceiro jogo mais vendido, com um peso de 13,4% no conjunto de vendas.
À exceção da raspadinha e do Placard, todos os outros jogos Santa Casa registaram em 2016 uma variação negativa no volume de vendas em relação a 2015, com destaque para o Totobola, que arrecadou em 2016 uma receita inferior a 18,6% em relação ao ano anterior.
Santana Lopes destacou que no fim do primeiro semestre de 2018 estará em vigor a exploração de três hipódromos, um no Norte, outro em Lisboa e outro no Algarve, mas “ainda falta muito trabalho para isso acontecer”.
De acordo com o relatório e contas de 2016 da Santa Casa, que hoje foi também apresentado, a instituição apresentou resultados líquidos de 21,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 15,3 milhões face ao ano anterior e resultados "superiores em 30 milhões de euros face ao previsto em orçamento".
De acordo com a instituição, estes resultados decorrem de um controlo eficaz da despesa, nomeadamente em compras, fornecimentos e serviços externos, e de uma variação positiva da distribuição dos resultados dos Jogos Sociais.
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