Nem em Belém nem no Banco de Portugal. Para onde irá Centeno?
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, disse na noite passada que não vai ser candidato à Presidência da República nas próximas eleições, explicando que esta foi uma "decisão pessoal e muito amadurecida".
“Hoje o momento está mais amadurecido. Não vou ser candidato à Presidência da República, não vou apresentar nenhuma candidatura à Presidência da República, não está no meu horizonte que isso aconteça”, respondeu, deixando claro que “é uma decisão pessoal” e que foi “muito amadurecida”.
O governador do Banco de Portugal enfatizou que esta decisão de não se candidatar “não tem nenhuma dimensão política” e, quando questionado se a tinha comunicado ao líder do PS, Pedro Nuno Santos, respondeu que a tinha transmitido “a um conjunto de pessoas” com quem tem falado sobre o tema para que elas não ficassem a saber por esta entrevista.
Centeno insistiu por diversas vezes que era uma decisão “individual e pessoal”, reiterando que esta possibilidade de concorrer às presidenciais do próximo não foi algo que tenha procurado, mas uma vez chegada essa hipótese “havia que tomar essa decisão”.
Segundo o antigo ministro das Finanças esta decisão foi tomada dentro do seu círculo pessoal e da sua família, tendo em conta a visão “pessoal e profissional” que tem de si mesmo e daquilo que quer fazer no futuro.
“Neste momento sou governador do Banco de Portugal, tenho vários cargos a nível europeu. (…) Tenho tido uma voz muito ativa e presente em termos europeus na questão da inflação e das taxas de juro e de uma visão gradualista e que possa ser transmitida às pessoas. Esse é o meu foco”, apontou.
Centeno deixou ainda críticas a quem sugeriu que as suas idas como governador do Banco de Portugal a escolas fariam parte já de uma eventual campanha presidencial.
“Sabe quantas pessoas votariam naquelas salas?”, questionou.
Recorde-se que em entrevista dada à TVI/CNN no início do mês de outubro de 2024, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, considerou que o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, seria um “bom candidato” a Presidente da República, mas que António José Seguro, António Vitorino ou Ana Gomes também são outros bons nomes.
Em 25 de novembro do ano passado, na conferência que assinala o terceiro ano da CNN Portugal, Mário Centeno tinha sido questionado sobre uma eventual corrida a Belém.
“Mudanças acontecem. Algumas vezes não são esperadas, outras vezes não são esperadas. Mudanças aconteceram na minha vida nos últimos 10 anos. Algumas delas foram inesperadas. Eu não temo a mudança”, respondeu então.
Em novembro do ano passado, o antigo líder do PS António José Seguro disse que estava a ponderar uma candidatura às próximas presidenciais.
Pedro Nuno Santos tem respondido que este ainda não é o momento da decisão do candidato presidencial a apoiar pelo PS, mas sim de aparecerem os nomes que estão interessados.
A semana passada, o antigo presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues defendeu que o PS deveria fazer umas primárias abertas para escolher o seu candidato.
E ficar no Banco de Portugal?
"O tema nunca foi comentado em Conselho de Ministros, nunca foi objeto de qualquer conversa minha com o primeiro-ministro e faremos a reflexão e tomaremos a decisão quando o mandato se estiver a aproximar do final", reiterou hoje Joaquim Miranda Sarmento, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.
O ministro afirmou ainda que é "extemporânea qualquer notícia sobre o assunto", referindo-se a uma notícia da SIC, divulgada hoje, que dava conta de que Centeno não seria reconduzido no cargo.
O ex-ministro das Finanças do Governo de António Costa é governador desde 20 de julho de 2020, sendo que o mandato é de cinco anos, pelo que terminará em julho deste ano.
O cargo de governador do Banco de Portugal apenas é renovável por uma vez, para um mandato da mesma duração.
*Com Lusa
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