Com mais de 250 mil clientes no Brasil, principalmente em áreas remotas, a empresa tinha afirmado no último domingo à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que não acataria a ordem de suspensão do X, manifestou o presidente da agência estatal, Carlos Baigorri.

Hoje, no entanto, a Starlink anunciou que vai unir-se aos demais provedores de internet, que já bloquearam o X. A rede social tinha mais de 22 milhões de utilizadores no país, segundo o site especializado DataReportal.

"Independentemente do tratamento ilegal dispensado à Starlink ao congelar os nossos ativos, estamos cumprindo a ordem de bloquear o acesso ao X no Brasil", publicou a empresa nesta plataforma.

Moraes restringiu as contas da Starlink por considerá-la responsável pelo pagamento das multas não assumidas pelo X, ressalvou a empresa, que opera no país desde 2022, principalmente em comunidades da Amazónia.

A Starlink recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de que os seus ativos sejam descongelados, sem sucesso até ao momento. "Continuamos a recorrer a todas as vias legais, assim como outros que concordam que as ordens recentes de Alexandre de Moraes violam a Constituição brasileira", publicou a empresa hoje.

Caso não cumprisse a ordem de bloqueio, a Starlink estaria sujeita a multas e a perder a autorização para operar no país, segundo o presidente da Anatel.