Foram vários os que recordaram as semelhanças da edição de 2023 do festival Burning Man deste ano como icónico Woodstock de agosto de 1969. Principal motivo: a chuva que teve início a 1 de setembro, sexta-feira, e que não parou durante o fim de semana equivalendo a dois a três meses de pluviosidade no meio do deserto de Nevada, onde 72.000 mil pessoas se juntaram para participar no festival de contracultura. E aí ficaram presas, entre inundações e areia transformada em lama que tornaram a única estrada de aceso ao local inutilizável para a maioria dos veículos.
Parte do público decidiu abandonar o carro e deixar o local a pé no fim de semana, dois dias antes do final do evento, apesar de os organizadores do evento aconselharem a aguardar a melhoria das condições climatéricas. Entre os impacientes para fazer a caminhada estavam o DJ Diplo do trio musical LSD e o comediante Chris Rock.
No domingo teve início uma operação de saída em massa batizada de "êxodo", com longas filas de veículos na estrada. Vários carros ficaram mesmo presos na lama.
O festival, que decorreu de 27 de agosto 4 de setembro, é frequentado por artistas e milhares de pessoas em trajes excêntricos, que pagam centenas de dólares por uma entrada.
O sinal que o Burning Man se tornou um evento mainstream é que o próprio presidente dos Estados Unidos foi informado sobre a situação na improvisada cidade de Black Rock.
O tamanho da multidão presa pela tempestade evidenciou a evolução do Burning Man de evento à margem das tendências de massas para um evento imperdível nomeadamente para milionários da tecnologia e celebridades.
No início do festival, o tráfego para o Burning Man ficou também conturbado quando ativistas climáticos bloquearam a mesma estrada que o próprio clima interrompeu dias depois.
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