"Contamos ter a casa cheia. Estamos a vender bastante acima do que estávamos a contar. É um festival que vende muitos bilhetes à porta pela proximidade com Espanha", afirmou hoje Diogo Marques, da organização da edição deste ano do primeiro festival português.
O responsável adiantou à agência Lusa que o festival começou "bem" ao alcançar as "15 mil pessoas, a capacidade máxima do recinto onde está instalado o palco principal".
"É o início que nós procurámos com o cartaz que fizemos. É significado de que a nossa aposta no projeto de Vilar de Mouros e no alinhamento musical que para aqui planeámos está a resultar. Até 2021 vamos ter cada vez mais pessoas e novidades", disse, adiantando ser "perfeitamente exequível" alcançar as 30 mil pessoas até ao último dia, no sábado, quando será anunciada a data da edição de 2018 e, “eventualmente, alguma banda".
"Nesta altura, não temos nenhuma banda fechada, mas em negociação temos várias", referiu, sendo que a organização quer que Vilar de Mouros continue a ser "um festival para as famílias".
Aos 16 anos, Maria João aceitou a "ideia" do pai para se estrear em Vilar de Mouros por causa dos Primal Scream.
"Tinha curiosidade em vê-los ao vivo", afirmou a jovem, acompanhada pela irmã de apenas 11 anos, também ela fã do grupo de rock alternativo formado em 1982 em Glasgow, Escócia.
A mãe, Cristina, com 45 anos, "nunca tinha estado num festival" e em Vilar de Mouros, e à preferência musical das filhas, juntou-se a vontade de rever bandas "da adolescência", como Jesus & Mary Chain e The Mission.
Nuno Pio, 45 anos, comprou bilhete "só para o primeiro dia" de um festival "de que já tinha ouvido falar, dos U2 na década de 60". Este ano decidiu fazer a viagem de Lisboa ao Alto Minho para assistir ao concerto dos The Young Gods.
"É uma das minhas bandas favoritas e foi essa a banda que me seduziu a vir cá. Também gosto de Jesus & Mary Chain e Primal Scream", manifestando-se agradado com o espaço natural de Vilar de Mouros.
Do Porto, os amigos Marcos Sousa, de 26 anos, e Rui Sousa de 24, vieram para assistir ao concerto dos Primal Scream e para conhecer Vilar de Mouros.
"Já tinha ouvido falar de Vilar de Mouros, mas nunca tinha tido oportunidade de participar. Sei que é o primeiro grande festival de verão do país e tinha curiosidade pelo misticismo", disse Marcos.
Rui Sousa "gostou imenso do ambiente" e destacou ser um festival "completamente diferente dos restantes festivais, pela predominância de pessoas mais velhas".
Este ano, a banda britânica The Veils, que conta com êxitos como "The Leavers Dance", "Through The Deep, Dark Wood" e "Vicious Traditions", abriu o festival.
The Young Gods, The Mission, The Jesus and Mary Chain e Primal Scream preenchem o primeiro dia.
No dia 25, vão passar pelo palco de Vilar de Mouros Golden Slumbers, Peter Bjorn and John, Salvador Sobral, George Ezra, Capitão Fausto e The Dandy Warhols.
Para o último dia estão reservados os Zanibar Aliens, Avec, The Boomtown Rats, The Psychedelic Furs, Morcheeba e 2Manydjs.
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