No sábado, Dia Mundial da Criança, a editora Tinta-da-China apresenta, na Feira do Livro de Lisboa, uma coleção intitulada “Heroínas das Artes”, em parceria com o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
O primeiro volume, assinado por Catarina Sobral, é dedicado à programadora cultural Madalena Perdigão, ligada à Gulbenkian quase desde o início, e que morreu em 1989.
Além de “Irrequieta, Madalena Perdigão”, Catarina Sobral irá criar também volumes sobre as artistas plásticas Ana Hatherly e Helena Almeida, numa coleção que, segundo a editora, é dedicada a “mulheres corajosas, aventureiras, ousadas, destemidas que, através da arte, transformam o mundo”.
Pela Fábula, do grupo editorial Penguin Random House, sai “O jardim da minha avó”, a mais recente colaboração entre os autores canadianos Jordan Scott e Sidney Smith, depois de "Eu falo como um rio" (2021).
O livro inspira-se nas memórias de infância de Jordan Scott com a avó Baba, polaca que emigrou para o Canadá depois da Segunda Guerra Mundial, e com quem comunicava por uma linguagem mais emocional do que verbal, por pequenos gestos e rotinas, entre o jardim e a escola.
A ilustração é de Sidney Smith, este ano distinguido com o Prémio Hans Christian Andersen.
Ainda sobre esta temática, de laços familiares entre avós e netos, a Livros Horizonte publica em junho “Os nossos avós”, de Clara Cunha, a mesma autora do sucesso literário “O Cuquedo”.
Neste conto, Clara Cunha conta com ilustrações de Ana Oliveira para enumerar e descrever tudo aquilo que os avós representam: sabedoria, paciência e dedicação à família.
Hollie Hughes escreveu e Sarah Massini ilustrou “A menina e a sereia”, pela Editorial Presença, um conto protagonizado por Carolina, preocupada com a avó, que começa a perder a memória e a esquecer-se das histórias que lhe conta.
“Um agrafador não agrafa dois garfos, nem três grandes garfos são agrafados por um grande agrafador”, escreveu António Mota num livro de trava-línguas para os mais novos, a editar pela Asa.
O livro chama-se “Muito serra a Serra da Estrela” e reúne 50 exercícios curtos de oralidade, que são um desafio para o leitor articular frases difíceis sem se rir e enganar.
As ilustrações são de Hélder Teixeira Peleja e o livro é editado numa coleção só dedicada a António Mota, que soma mais de 70 títulos.
Pela Planeta Tangerina sai “Dentro da Tenda”, da autora checa Lucie Lucanská, sobre dois irmãos que decidem partir para uma aventura e que têm de enfrentar medos e barulhos estranhos na hora de acamparem na natureza.
“Dentro da Tenda” valeu a Lucie Lucanská em 2023 o Prémio Internacional de Serpa para Álbum Ilustrado.
Entre as novidades da Porto Editora está “Perla, a cadelinha poderosa”, primeiro livro infantil da escritora chilena Isabel Allende, desenhado pela mexicana Sandy Rodríguez.
Perla foi adotada por um rapaz, o Nico Rico, a quem demonstrou dois superpoderes: ser afável e ao mesmo tempo feroz e protetora, salvando-o de uma situação de 'bullying' na escola.
Nesta estreia, Isabel Allende inspirou-se na sua própria cadela e “Perla, a cadelinha poderosa” é o primeiro de três livros da autora para os mais novos.
Das obras a publicar, a D. Quixote edita em junho “Sou a Jazz”, um livro ilustrado inspirado na vida de Jazz Jennings, uma jovem norte-americana que aos sete anos se identificou publicamente com pessoa trans.
O livro, coescrito por Jazz Jennings com Jessica Hertel, foi publicado nos Estados Unidos em 2014, quando Jazz era já adolescente, uma celebridade e membro de uma fundação criada pelos pais, de sensibilização contra a transfobia e de apoio a jovens trans.
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