“Esperamos que iguale ou supere a versão anterior. De facto, o ano passado superou as minhas expectativas, porque foi um festival muito abrangente, que abrangeu vários públicos”, afirmou a vereadora da Cultura da Câmara de Pedrógão Grande, na sessão de apresentação da iniciativa, em Coimbra.

Dora Rodrigues sublinhou que Pedrógão Grande tem os seus pontos de destaque, mas que, com este evento, pretende-se também dar a conhecer a “riqueza histórica e cultural de Pedrógão Grande, nomeadamente na área da literatura”.

Esta edição vai contar com a participação de autores locais, o que “é uma diferença em relação ao ano passado [2023]”.

A programação reúne encontros com escritores, a presença de escritores em escolas, conversas, apresentações de livros, sessões de autógrafos, o ciclo de conferências “De Pedrógão Grande para o Mundo”, uma feira do livro, oficinas, poesia, eventos de música, cinema, teatro, contos, dança e a presença do grupo ‘Lead Voices’.

O Festival foi ainda desenhado para assinalar os 50 anos da Revolução do 25 de Abril de 1974, os 500 anos do nascimento de Luís de Camões e para evocar os 10 anos de elevação do cante alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.

Evoca também poetas centenários (como Alexandre O’Neill, António Ramos Rosa, João Apolinário e Sebastião da Gama), os poetas de Abril (Sophia de Mello Breyner Andresen, Natália Correia, Maria Teresa Horta e Manuel Alegre) e os músicos da Canção da Intervenção (Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, José Afonso, Paulo de Carvalho, Manuel Freire, Fernando Tordo, Sérgio Godinho e Vitorino).

Entre os oradores do ciclo de conferências, estarão Manuel Pedroso Marques, José Maria Carvalho Ferreira, Maria Bochicchio, Hélder Reis, Lara Xavier, Irene Flunser Pimentel, Bárbara Guimarães, Sérgio Franclim, Guilherme Leite, Maria João Lopo de Carvalho, José Milhazes, Fernando Alves, Fátima Lopes, Diogo Carvalho, José Rebola, Rafael Almeida, Amadeu Diniz da Fonseca, Jaime Monsanto, David Teles Ferreira, Maria Bea, Daniel Lima, Daniela Claro e Clara Carvalho.

Além disso, “o Grupo Coral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira de Aljustrel (fundado em janeiro de 1926, ‘Os Mineiros de Aljustrel’ são o grupo de cante alentejano mais antigo do mundo)” vai dinamizar atividades culturais.

O diretor executivo da GoldenSkill Produções, Diogo Coelho, revelou que o evento será realizado em diversos espaços de Pedrógão Grande, nomeadamente na Casa Municipal da Cultura, na Biblioteca Municipal, na Escola Básica da Graça, no Jardim de Infância de Vila Facaia, no Centro Escolar de Pedrógão Grande e no Jardim da Devesa.

Este é “um evento de celebração da palavra, da literatura, “das artes e da cultura”, onde a literatura (ponto de partida do Festival) está “em perfeito diálogo com as outras artes”, ressaltou.

O Festival foi desenhado com o intuito “de ser um evento inovador, diferenciador e de grande potencial mediático, que é promotor e divulgador não só do concelho de Pedrógão Grande, mas também da língua, da literatura portuguesa nos quatro cantos do mundo”, reforçou Diogo Coelho.

“Foi com esse propósito que foi criado”, para que em Pedrógão Grande houvesse “um dos maiores e melhores eventos de literatura do país e do mundo”, com projeção tanto em Portugal, quando a nível internacional, algo que “conseguiu alcançar plenamente” na primeira edição.

A cerimónia oficial de abertura está marcada para o dia 19 de junho, às 11:00, na Biblioteca Municipal.