“Uma sociedade mais justa e inclusiva não se constrói sem Cultura”, defendeu a secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, em declarações à Lusa, no dia da apresentação da iniciativa.
Para a governante, “é no cruzamento entre cultura e educação que se promove a criatividade e o pensamento livre e, mais do que tudo, que se permite às crianças e aos jovens olharem para si mesmos e descobrirem a imprevisível aventura da vida”.
“O papel do Estado deve também ser o de proporcionar encontros entre artistas e públicos, fazendo da formação um processo de aprendizagem mútuo”, já que os processos artísticos são essenciais, não só para os artistas compreenderem o mundo que os rodeia, mas também para as crianças entenderem que a criação contemporânea não é distante da sua realidade”.
Por seu turno, o secretário de Estado da Educação realçou o facto de o programa este ano abranger mais escolas e mais municípios, sublinhando tratar-se de uma iniciativa que “dá solidez” além de operacionalizar o reforço da educação artística inscrita no novo diploma do currículo, alcançando desafios previstos no Perfil dos Alunos.
“Tudo isto na certeza de que a fruição estética e a educação artística não são elementos acessórios no processo educativo”, já que a educação sem arte “é incompleta”, pois esta é “um instrumento de humanização e de liberdade”, defendeu João Costa.
Trata-se da segunda edição das Residências Artísticas nas escolas, que são apresentadas hoje no Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC) pelos secretários de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, e da Educação, João Costa, ao abrigo da qual os alunos têm aulas de música, bailado e teatro.
Orquestra Sinfónica Portuguesa, Coro do TNSC, Companhia Nacional de Bailado, Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional S. João, Casa da Música e Orquestra Clássica do Sul são os organismos que este ano aderiram à iniciativa.
Na primeira edição, apenas a Orquestra Sinfónica Portuguesa era parceira na iniciativa, que abrangeu cinco municípios e cem alunos.
As residências artísticas deverão realizar-se no 2.º e 3.º períodos escolares, do ano letivo em curso, abrangendo, pelo menos, um agrupamento de escolas por município.
O programa é uma iniciativa dos Ministérios da Cultura e da Educação, operacionalizada pelo Programa de Educação Estética e Artística da Direção-Geral da Educação, e visa integrar as diferentes formas de arte em contexto escolar, de modo a aproximar as crianças da cultura.
Em 2018, músicos da Orquestra Sinfónica Portuguesa deram aulas durante uma semana a alunos de cinco municípios - Loulé, Sines, Viseu, Freixo de Espada à Cinta e Barcelos. O projeto-piloto realizou-se em 2017, no Agrupamento de Escola de Caxinas, Vila do Conde.
Na edição de 2019, a segunda, os municípios abrangidos são os de Viana do Castelo, Barcelos, Vila do Conde, Freixo de Estada à Cinta, Moimenta da Beira, Viseu, Penela, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Idanha-a-Nova, Torres Vedras, Loures, Sintra, Lisboa, Cascais, Almada, Sines, Moura e Loulé.
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