R.E.M. – It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)
“It's the end of the world as we know it”
Há quase 30 anos (16 de Novembro de 1987) os americanos R.E.M. lançavam este single “apocalíptico”, mas que, ainda assim, terminava com uma mensagem apaziguadora, não obstante o facto de o mundo, como o conhecemos, ter terminado (“And I Feel Fine”). Não sei o que vai acontecer com Trump na presidência dos EUA – o seu perfil público inconstante não nos permite fazer previsões – mas gosto de acreditar que, no final do dia, tudo ficará bem.
Journey – Don’t Stop Believing
“Don’t stop believing / Hold on to that feeling”
Ainda que a música dos Journey fale de uma small town girl que não deve deixar de perseguir os seus sonhos, a verdade é que é possível afirmar que, durante muitos meses, Donald Trump foi o único a confiar na vitória. Contra sondagens, analistas e comunicação social, “The Donald” nunca deixou de acreditar.
No Doubt – Don’t Speak
“Don't speak / I know just what you're saying / So please stop explaining / Don't tell me cause it hurts”
Uma música de negação para todos os que não esperavam este desfeito nas eleições americanas. Gwen Stefani canta aqui as frustrações de todos os que não queriam ouvir Donald Trump a proclamar-se vencedor das eleições.
Carly Simon – You’re So Vain
“You're so vain, I'll bet you think this song is about you / Don't you? Don't You?”
O ego de Donald Trump já era reconhecidamente grande antes da vitória nas eleições americanas. E depois de ser proclamado vencedor, não é provável que o novo presidente passe a adotar uma postura humilde. E daí talvez não...
Limp Bizkit – My Way
“I'm 'a do things my way / It's my way / My way, or the highway”
Ainda que Donald Trump seja conhecido pelas suas alterações de opinião (não confundir com mentiras e/ou esquecimentos), a verdade é que um dos principais receios de muitos analistas é a sua postura totalitária relativamente a alguns assuntos. O “My way or the highway” que Fred Durst cantou pode ser perigoso, mas o discurso de vitória do novo presidente de uma das maiores democracias do mundo mostrou-nos um Trump mais conciliador (ainda que, quando se ganha, é mais fácil ser assim). Cá estaremos para ver, nos próximos quatro anos.
Pink Floyd – Another Brick In The Wall
“We don't need no education / We dont need no thought control”
Uma das palavras mais repetidas durante a campanha de Trump foi “muro”. O futuro presidente dos EUA prometeu construir um, que dividisse o seu país do México e dificultasse a imigração ilegal. É sabido que os Pink Floyd não lançaram este tema para servir de inspiração a medidas políticas de controlo de imigração, mas a verdade é que “Another Brick In The Wall” é a referência musical no que toca a muros, sejam eles metafóricos ou reais.
John Denver – Leaving On A Jetplane
“All my bags are packed / I'm ready to go”
Cher. Bryan Cranston. Amy Schumer. Chelsea Handler. Barbra Streisand. Lena Dunham. Ne-Yo. Estas são algumas das celebridades que prometeram abandonar os EUA caso Donald Trump vencesse as eleições. As malas já devem estar a ser feitas.
The Beatles – Yesterday
“Yesterday all my troubles seemed so far away / Now it looks as though they’re here to stay”
Esta parece ser a banda sonora dos mercados financeiros, um pouco por todo o mundo. Depois do Brexit, espera-se uma forte reação nas bolsas à vitória de Trump. E a “ameaça” de um maior protecionismo em termos económicos faz os analistas desejar voltar atrás no tempo.
Michael Jackson – Earth Song
“Did you ever stop to notice / The crying Earth the weeping shores?”
“The Donald” já escreveu no Twitter que “o conceito de aquecimento global foi algo criado pelos chineses de forma a tornar as fábricas americanas pouco competitivas”. Recordemos, pois, Michael Jackson e a sua “Earth Song”. Era isso ou colocar aqui o mais recente documentário de Leonardo DiCaprio.
Kendrick Lamar – Alright
“But if God got us then we gon' be alright”
O rapper americano Kendrick Lamar é, hoje em dia, um dos mais mediáticos ativistas sociais dos EUA. Muitas das suas músicas têm contornos políticos e falam sobre discriminação. “Alright” tornou-se um hino de esperança para a comunidade negra americana. Lamar foca-se na ajuda de Deus para ficar tudo bem. Mas aqui não há religião, só a esperança de que, apesar da incerteza do que aí vem, tudo ficará bem (sim, é a segunda vez que repito esta frase num texto sobre música, mas as mensagens de esperança nunca são de mais).
Comentários