O anúncio foi feito após uma reunião do Conselho Ministerial da ESA, órgão governativo da agência onde têm assento os ministros dos 22 países-membros que tutelam as atividades espaciais.
Portugal esteve representado nesta reunião - uma de duas reuniões que fizeram hoje parte da cimeira do espaço de Toulouse, em França - pelo ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor.
Citado em comunicado, o diretor-geral da ESA, Josef Aschbacher, disse estar "muito feliz" por "aceitar a proposta" do Presidente francês, Emmanuel Macron, que discursou na cimeira, de "estabelecer um grupo consultivo de alto nível sobre exploração espacial humana para a Europa".
Segundo Josef Aschbacher, será preciso "envolver especialistas de todas as esferas da vida, principalmente fora do espaço", como historiadores, economistas, peritos em geopolítica, exploradores da Terra e filósofos.
"Para nos ajudarem a tomar a decisão certa", justificou, citado em comunicado da ESA.
O novo grupo consultivo reportará resultados ao próximo Conselho Ministerial da ESA, que se realiza em novembro, em Paris, antecedendo uma nova cimeira europeia do espaço, em 2023.
França e Portugal copresidem ao Conselho Ministerial da ESA.
A reunião de hoje sucedeu à reunião ministerial intermédia da ESA de Matosinhos, ocorrida em novembro passado.
Hoje, os Estados-membros da ESA voltaram a apoiar duas recomendações "inspiradoras" para acelerar o uso do espaço.
O grupo consultivo da ESA para acelerar o uso do espaço na Europa recomendou que sejam iniciados "os passos preparatórios" para uma missão de recolha e envio para a Terra de amostras da superfície gelada das luas dos planetas gasosos do Sistema Solar, que o comunicado da ESA hoje precisou poderem ser de Júpiter ou Saturno.
O mesmo grupo consultivo considerou também que a ESA deve estudar, com a participação da indústria do setor, a viabilidade de soluções de transporte espacial autónomo, atendendo às perspetivas da exploração de novos destinos no espaço e de viagens de turismo espacial.
A Europa tem estado dependente da Rússia e dos Estados Unidos para transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional.
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