“Decidimos avançar para esta ação de protesto devido à falta de professores, após algumas reuniões que tivemos com as associações de pais dos cinco agrupamentos de escolas do concelho de Sesimbra”, disse Vasco Aniceto, alertando para a falta de professores na Escola Michel Giacometti e na Escola Secundária da Quinta do Conde.
“Estamos a iniciar o terceiro período e há alunos do 7º e 8º ano que ainda não tiveram uma aula de inglês desde o início do ano letivo”, sublinhou.
Segundo Vasco Aniceto, um professor que foi destacado da Madeira para Sesimbra “só se manteve no cargo uma semana porque os encargos, inclusive com a habitação, eram incomportáveis”.
A vereadora da Educação na Câmara de Sesimbra, Felícia Costa, que se associou ao protesto de alunos e encarregados de educação, também manifestou preocupação com a falta de professores de inglês, lembrando, no entanto, que “também faltam docentes de Matemática” e que o problema da falta de professores não se restringe ao concelho de Sesimbra.
“A falta de professores é um problema que afeta particularmente a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e o Algarve e que tem vindo a agravar-se. A carreira docente não é atrativa, temos muitos professores que têm formação, mas que resolvem optar por outras profissões”, disse.
“Em Sesimbra há turmas que não tiveram aulas de inglês na Escola Michel Giacometti, há outras escolas que, entretanto, foram colocando alguns professores em falta, mas é um problema que tem vindo a agravar-se, devido à falta de atratividade da carreira docente”, reiterou a vereadora da Câmara Municipal de Sesimbra.
As associações de pais e encarregados de educação das escolas de Sesimbra anunciaram, entretanto, que estão a preparar uma petição, que já tem cerca de 7.500 assinaturas, para pedirem uma audição com os diferentes grupos parlamentares na Assembleia da República.
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