Para eleger os candidatos do Movimento para o Socialismo (MAS), que Morales dirige, líderes de nove departamentos bolivianos e líderes sociais vão encontrar-se na Argentina, onde Morales está exilado.
“Vamos realizar primárias, serão legítimas”, declarou Morales, numa conferência de imprensa este domingo em Buenos Aires.
Morales, 60 anos, o primeiro Presidente indígena da Bolívia, esteve no poder em La Paz quase 14 anos.
Foi declarado vencedor para um quarto mandato consecutivo nas eleições de 20 de outubro, escrutínio que ficou marcado por denúncias de fraude por parte da oposição boliviana.
Morales acabou por renunciar ao cargo a 10 de novembro, após três semanas de protestos contra a sua reeleição liderados pela oposição e depois de ter perdido o apoio do exército e da polícia.
Recentemente, o ex-Presidente, que se considera vítima de um “golpe de Estado” apoiado pelos Estados Unidos e pela OEA, disse estar certo de que o MAS vai ganhar as próximas eleições.
“Estou convencido de que vamos ganhar as próximas eleições. Não serei um candidato, mas tenho o direito de exercer política”, disse.
Morales disse ainda não ter decidido se irá regressar à Bolívia para votar. O Ministério Público boliviano emitiu, no passado dia 18, um mandado de detenção contra o ex-Presidente, no âmbito de uma investigação em curso por sedição e terrorismo.
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