“No seguimento das notícias relativamente à fuga de três suspeitos de dezenas de furtos ocorrida no TIC do Porto, depois de o juiz de instrução lhes decretar prisão preventiva, entende-se pertinente solicitar informação sobre as medidas que a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e a Direção-Geral da Administração da Justiça realizam para evitar esta situação”, refere em comunicado enviado à agência Lusa.
O pedido, enviado ao diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Celso Manata, e ao diretor-geral da Administração da Justiça, Luís de Freitas, foi dado a conhecer também ao gabinete da ministra da Justiça e da secretária de Estado Adjunta e da Justiça.
“Assegurar a integridade de todos os agentes judiciários é e deverá ser sempre uma prioridade para todas as entidades públicas e os esclarecimentos agora solicitados, para tal, deverão também contribuir”, acrescenta o documento, considerando que a fuga constitui uma “falha de segurança de extrema gravidade” e que deve ser assegurado o “apuramento integral de responsabilidades”.
O conselho regional quer saber quais as falhas que permitiram esta fuga, e as medidas adotadas para apuramento integral de responsabilidades e para evitar que situações similares ocorram.
Os três suspeitos de dezenas de furtos a idosos no Grande Porto fugiram do TIC na quinta-feira à tarde, depois de um juiz de instrução lhes decretar prisão preventiva.
Na sequência da fuga, as autoridades policiais desencadearam uma operação de captura, alertando então que os foragidos eram considerados perigosos e estavam potencialmente armados.
Os arguidos são dois irmãos gémeos, de 35 anos, mais um cúmplice, de 25, com antecedentes criminais, que foram presentes ao juiz de instrução depois de terem sido detidos em flagrante delito na terça-feira em Baguim do Monte, no concelho de Gondomar.
São-lhes imputados, pelo menos, 30 assaltos violentos, que terão rendido meio milhão de euros em dinheiro e bens, em residências de idosos na zona mais oriental do Porto e em concelhos periféricos, como Gondomar, Valongo ou Maia.
Os alvos do grupo eram pessoas com idades entre os 65 e os 95 anos.
Os três homens foram detidos hoje, pelas 17:30, num parque de campismo em Gondomar, tendo na sua posse 40 mil euros em notas de 500 euros, adiantou Alexandre Coimbra, diretor de relações públicas da PSP.
A PSP vai abrir um inquérito interno para apurar "se houve, ou não, falhas" policiais na fuga dos três detidos.
De acordo com a PSP, esta operação mobilizou "várias dezenas" de agentes e os arguidos "não tinham armamento na sua posse" quando foram detidos.
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